Última alteração: 07-04-2016
Resumo
Introdução: O parto humanizado tem sido pauta em muitas discussões atualmente, porém ainda percebemos a falta de autonomia das mulheres no processo de parto e a realização de procedimentos desnecessários. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que não sejam realizados procedimentos que podem ser prejudiciais à gestante. Nesse contexto, podemos considerar esses procedimentos como violência, até mesmo consentida. Objetivo: Investigar o que existe na literatura brasileira sobre violência obstétrica, enfatizando os procedimentos, o perfil assistencial e a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram pesquisados artigos publicados no LILACS, SCIELO e BDENF, entre os anos de 2005 a 2015, com os seguintes descritores: gestante, obstetrícia, procedimentos, parto, violência. Foram encontrados 3246 artigos , sendo selecionados 11 artigos por responderem ao objetivo proposto. Resultados: Foram classificadas três categorias: violência obstétrica (VO) institucional; a violência obstétrica sob o olhar dos profissionais; e o perfil assistencial na violência obstétrica. A violência obstétrica institucional se configura pela realização de procedimentos sem o conhecimento ou o consentimento da paciente. O profissional desconsidera o protagonismo da mulher no parto. O perfil assistencial na VO é questionado quando são observadas as rotinas dos hospitais. Conclusão: O estudo conclui que a comunicação da equipe de enfermagem é fundamental para que possamos investir na autonomia da mulher no processo do nascimento. Devemos desenvolver ações e orientações para fortalecer e empoderar a gestante no pré-natal, além de sensibilizar toda a equipe obstétrica para evitarmos a violência obstétrica.