INTRODUÇÃO: Com a civilização e a evolução da ciência médica no Brasil, o parto passou a ser um evento medicalizado, transformando a mulher em objeto da parturição e coadjuvante deste momento. OBJETIVO: Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar o protagonismo da parturiente durante o seu parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória seguindo uma abordagem qualitativa, realizada com 11 puérperas pós-parto vaginal, sem intercorrências com a mãe e bebê. A coleta das informações foi realizada em abril/maio de 2015, através de entrevistas semiestruturadas em uma Unidade de Alojamento Conjunto, de um Hospital Universitário da cidade de Canoas/RS. A análise das informações foi realizada através de análise temática proposta por Minayo. RESULTADOS: Como resultado, sugere-se que a falta de conhecimento sobre o trabalho de parto é o fator que mais interfere no exercício da autonomia e consequentemente no protagonismo da mulher. A desinformação da parturiente somada à relação entre profissional e paciente comumente verticalizada, favorece que as mulheres sintam-se menos capacitadas para escolher e assim delegue seu poder de decisão à equipe de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, a pesquisa pretende promover a reflexão sobre as práticas de assistência ao parto e incentivar o desenvolvimento de ações compartilhadas entre os profissionais e as mulheres.