INTRODUÇÃO: O número de idosos internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pode ultrapassar 30% dos leitos adultos, visto envelhecimento da população e aumento das doenças crônicas, as quais podem gerar incapacidade funcional em graus variados (FONSECA, FONSECA, 2010). Diante desse contexto, torna-se fundamental a intervenção do psicólogo junto ao paciente idoso em estado crítico e aos seus familiares, tendo em vista as incertezas relacionadas ao prognóstico, podendo gerar aumento significativo da ansiedade (SOARES, 2007). OBJETIVO: Destacar a importância da intervenção psicológica junto a pacientes idosos internados na UTI e aos seus familiares foi o objetivo deste estudo. METODOLOGIA: Relato de experiência a partir das vivências da equipe de psicologia nas UTIs adulto de um hospital geral da região metropolitana de Porto Alegre. RESULTADOS: O paciente idoso em condições de comunicação na UTI é atendido pela equipe de psicologia por meio de busca ativa ou por solicitação da equipe multiprofissional. O atendimento visa propiciar um espaço de escuta para que o mesmo possa expressar seus sentimentos e vivencias relacionadas ao seu processo de adoecimento e de internação na UTI. Os familiares também recebem suporte psicológico, visto que geralmente emergem preocupações e sentimentos associados ao prognóstico e à organização familiar diante dos cuidados domiciliares que podem ser necessários ao paciente. Somado a isso, surgem questões emocionais relacionadas aos papeis que o idoso internado exerce na dinâmica familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intervenção psicológica favorece a promoção da saúde mental dos pacientes e de seus familiares, bem como o desenvolvimento de estratégias de adaptação frente ao processo de adoecimento e de internação na UTI. Além disso, pode ampliar os canais de comunicação junto à equipe, propiciando um ambiente mais acolhedor e humanizado.