Última alteração: 07-04-2016
Resumo
INTRODUÇÃO: Os pacientes portadores do vírus imunodeficiência humanos (HIV) são frequentemente coinfectados por Hepatite C (HVC), pelo fato de o vírus ter a mesma forma de transmissão. A coinfecção e os fatores de risco decorrem do uso de drogas injetáveis ilícitas, transfusão sanguínea e múltiplos parceiros infectados(1, 2). OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo conhecer o perfil dos portadores de vírus imunodeficiência humana (HIV), coinfectados por Hepatite C(HVC), atendidos no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), do município de Canoas/RS. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal–retrospectivo, de natureza quantitativa. A população em estudo foi de 48 usuários notificados no SAE com HIV e HVC, no período do dia 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014. Os dados foram obtidos, através da pesquisa, com os prontuários, respeitando-se os aspectos éticos. RESULTADOS: Os resultados mostram idade média dos usuários de 47,2 anos; sexo masculino (64,6%); período da confirmação do HVC de 1 a 5 anos (56,3%); coinfectados - HIV e HVC há menos de dois anos (41,7%). A prevalência de coinfecção foi de 1,9%. Realizam exames laboratoriais de rotina, porém somente um fez biópsia hepática. Já, 22,9% fazem uso de drogas e 10,4% de álcool. Apresentam algumas comorbidades associadas às patologias virais, como: tuberculose (33,3%), doenças cardiovasculares (25%) e depressão (12,5%). Encontrou-se registro, no prontuário de 39,6% dos usuários abandonaram o tratamento como também irregularidade do mesmo, fazendo-se necessária a intensificação da busca ativa dessa população pela equipe multiprofissional, em cuja busca o enfermeiro tem papel de destaque. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfermeiro, como integrante da equipe multiprofissional, tem grande participação no atendimento desses usuários, desde a realização dos testes sorológicos até o aconselhamento dos com resultados positivos e realizando a busca ativa para os faltosos, o que talvez deva ser intensificado nessa população, visto que existe um alto índice - 39,6% de usuários que abandonaram o tratamento, ou o fazem de forma irregular, continuando assim a ocorrer a coinfecção.