Introdução: Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, em sua maioria, desenvolvem complicações pulmonares no pós-operatório. O uso do espirômetro de incentivo associado à pressão positiva expiratória e a ventilação não invasiva (VNI) podem contribuir para a diminuição destas. Objetivo: Comparar a eficácia do espirômetro de incentivo associado à pressão positiva expiratória com a VNI nas complicações pulmonares, no PO de cirurgia cardíaca durante a internação na unidade de terapia intensiva (UTI). Materiais e Métodos: Ensaio clínico randomizado realizado de Setembro de 2012 a Novembro de 2014. Os pacientes foram randomizados em três grupos: Grupo I - VNI, Grupo II - Espirômetro de incentivo associado à pressão positiva expiratória final (EI+EPAP) e Grupo III - Controle (GC), sendo que os três grupos receberam fisioterapia motora. O acompanhamento pós-cirúrgico das complicações pulmonares foi por meio de laudos do serviço de radiologia, até o momento da alta da UTI. Resultados e Discussão: Foram incluídos 46 pacientes no estudo, pertencendo no Grupo I 11 pacientes, no Grupo II 15 pacientes e no Grupo III 20 pacientes. A média de idade do grupo I foi de 62,1±10,4 anos, no grupo II 61,3±10,6 anos e no grupo III 62,9±11,5 anos. A atelectasia foi à complicação pulmonar que apresentou maior significância estatística quando comparados os grupos no PO imediato (p=0,031). No momento da alta da UTI, a atelectasia no grupo EI+EPAP reduziu de 8 para 4 pacientes e no GC aumentou de 3 para 5 indivíduos. O aumento do número de pacientes que desenvolveram atelectasia no GC pode estar associado ao não uso da pressão positiva, já que o grupo VNI manteve o resultado do pós-imediato. Conclusão: Quando comparados à ventilação não invasiva e a espirometria de incentivo com pressão positiva expiratória, não se pôde concluir que determinada técnica apresente superioridade em relação à diminuição de complicações pulmonares.