INTRODUÇÃO: A expectativa de vida dos brasileiros tem aumentando gradativamente, gerando um grande crescimento da população idosa e um incremento do uso dos serviços de saúde e medicamentos. Diante dessa constatação, observa-se a necessidade de compreender o processo de envelhecimento, visando qualificar a atenção à saúde dos idosos (ROSA, VASCONCELOS, 2015). Ressalta-se a alta prevalência de doenças crônicas e déficits progressivos, que podem se tornar limitantes e/ou incapacitantes, resultando em redução da capacidade e autonomia funcionais (PADUAN et al, 2014). No contexto de internação hospitalar, a atuação do psicólogo auxilia os pacientes idosos a desenvolver estratégias adaptativas para lidar com as questões inerentes ao envelhecimento, facilitando o exercício de sua autonomia. OBJETIVO: Objetivou-se descrever a atuação do psicólogo junto a pacientes idosos internados. METODOLOGIA: Relato de experiência a partir das vivências da equipe de psicologia na unidade de internação adulto de um hospital geral da região metropolitana de Porto Alegre. RESULTADOS: No atendimento com os pacientes idosos geralmente são trabalhados aspectos psicológicos relacionados ao processo de adoecimento crônico (incluindo doenças degenerativas por vezes aliadas à depressão) e de hospitalização, transformações corporais (perda de equilíbrio, dificuldades motoras), perdas familiares vividas, medo da morte. Além disso, promove-se a autonomia do idoso, bem como suas potencialidades, desejos e percepções frente às decisões terapêuticas a serem tomadas. Diante das doenças crônicas procura-se promover a motivação e amenizar suas ansiedades e temores relacionados à morbidade de sua enfermidade. Aborda-se os familiares, tendo como finalidade auxiliar na organização do acompanhamento do idoso durante sua internação, assim como é investigada a possibilidade de ampliação da rede de apoio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressalta-se a importância da promoção do bem-estar psicológico do idoso durante sua internação hospitalar, propiciando melhor compreensão das questões pertinentes à sua fase de desenvolvimento e possibilidades de maior qualidade de vida, visto peculiaridades apresentadas por cada paciente.