Introdução: Frente às lacunas na atenção à saúde materno-infantil carcerária, em 2009 foi instituída a lei nº 11942, que assegura às mães apenadas e aos seus bebês condições mínimas de assistência. Objetivo: conhecer o atendimento de saúde das gestantes apenadas que se encontram no regime fechado na Penitenciária Feminina Madre Pelletier em Porto Alegre–RS. Método: trata-se de um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa. Fizeram parte desse estudo 11 profissionais responsáveis pelo atendimento de saúde da gestante apenada. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada, em local reservado cedido pela instituição, nos meses de outubro a novembro de 2014. Resultados: foram obtidos a partir da análise temática de Minayo, onde emergiram quatro categorias: o atendimento de saúde da gestante no ambulatório; consultas de pré-natal; exames realizados no ambulatório, o atendimento das gestantes nas intercorrências. Uma das fragilidades apontadas na assistência `a gestante foi a falta de atendimento de saúde à noite e nos fins de semana. Conclusão: o estudo evidenciou que as gestantes apenadas possuem seus direitos constitucionais atendidos quanto à assistência de saúde durante a gestação e após o parto, e os profissionais de saúde realizam suas atividades conforme preconizado pelo Ministério de Saúde e da Justiça. Descritores: Cárcere, Gestantes apenadas e trabalhadores da saúde.