Última alteração: 10-10-2017
Resumo
INTRODUÇÃO: Todo paciente, ao dar entrada em um hospital, já tem sua privacidade comprometida por conta da exposição e da sensação de impotência que pode interferir no processo de autonomia, sendo de extrema importância o relacionamento do profissional com o paciente e seu cuidado para evitar exposições e constrangimentos desnecessários. Como diz na resolução 240/220, artigo 19 do código de ética da Enfermagem, é preciso “Respeitar a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte’’, devido a isso, foi observado o descuido com a privacidade dos clientes no Centro Cirúrgico. OBJETIVO: Alertar e gerar uma reflexão entre os profissionais de saúde para um melhor desempenho nesta situação, garantindo assim a preservação da intimidade do paciente. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, a qual consiste no exame bibliográfico para o levantamento e análise do que já foi produzido sobre o assunto que definimos como tema de pesquisa. Utilizamos também como critérios de avaliação, situações vivenciadas pelos acadêmicos durante a graduação. Os dados utilizados foram obtidos através de três (3) artigos publicados no período de 2008-2012. RESULTADOS: Através da leitura dos artigos escolhidos e vivências dentro do bloco cirúrgico, notamos que no período de perioperatório a exposição é enorme e gera um desconforto e sensação de impotência muito grande aos pacientes, o que pode interferir no processo de autonomia e recuperação. Já no período transoperatório, os procedimentos como degermação e antissepsia, tricotomia, sondagem vesical de demora e anestesia peridural, a exposição é total. Nesse conjunto, todo processo operatório pode gerar constrangimento, desconforto e estresse psicológico ao paciente. Portanto, pela nossa vivência e leitura, o local cirúrgico é onde ocorre a maior exposição corporal do paciente, onde muitas vezes acaba sendo total. É importante que os profissionais debatam esse assunto entre a equipe e que a nudez desnecessária não seja vista como algo rotineiro. CONCLUSÃO: Ainda hoje, apesar das ações de humanização no cuidado, manter a privacidade do paciente é um desafio aos profissionais do Centro Cirúrgico, por esse motivo, há a necessidade de modificar a nossa conduta na assistência prestada durante todas as fases operatórias. Para isto ocorrer, precisamos de uma equipe multidisciplinar conscientizada e preparada para um atendimento humanizado, solidário e respeitoso. Além disso, as instituições podem elaborar protocolos para a privacidade do paciente e também criar aventais e/ou novas vestimentas que protejam as partes íntimas do paciente.