Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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A PRIVACIDADE DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGIO
Alessandro Potrich Leite, Ana Alvim de Souza, Carmem Lúcia de Barros Jorge, Letícia Marinho Estran, Luiza Gonçalves Nunes, Osvaldo Nunes dos Santos, Isabel Cristina Daudt, Solange Machado Guimarães

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: Todo paciente, ao dar entrada em um hospital, já tem sua privacidade comprometida por conta da exposição e da sensação de impotência que pode interferir no processo de autonomia, sendo de extrema importância o relacionamento do profissional com o paciente e seu cuidado para evitar exposições e constrangimentos desnecessários. Como diz na resolução 240/220, artigo 19 do código de ética da Enfermagem, é preciso “Respeitar a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte’’, devido a isso, foi observado o descuido com a privacidade dos clientes no Centro Cirúrgico. OBJETIVO: Alertar e gerar uma reflexão entre os profissionais de saúde para um melhor desempenho nesta situação, garantindo assim a preservação da intimidade do paciente. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, a qual consiste no exame bibliográfico para o levantamento e análise do que já foi produzido sobre o assunto que definimos como tema de pesquisa. Utilizamos também como critérios de avaliação, situações vivenciadas pelos acadêmicos durante a graduação. Os dados utilizados foram obtidos através de três (3) artigos publicados no período de 2008-2012. RESULTADOS: Através da leitura dos artigos escolhidos e vivências dentro do bloco cirúrgico, notamos que no período de perioperatório a exposição é enorme e gera um desconforto e sensação de impotência muito grande aos pacientes, o que pode interferir no processo de autonomia e recuperação. Já no período transoperatório, os procedimentos como degermação e antissepsia, tricotomia, sondagem vesical de demora e anestesia peridural, a exposição é total. Nesse conjunto, todo processo operatório pode gerar constrangimento, desconforto e estresse psicológico ao paciente. Portanto, pela nossa vivência e leitura, o local cirúrgico é onde ocorre a maior exposição corporal do paciente, onde muitas vezes acaba sendo total. É importante que os profissionais debatam esse assunto entre a equipe e que a nudez desnecessária não seja vista como algo rotineiro. CONCLUSÃO: Ainda hoje, apesar das ações de humanização no cuidado, manter a privacidade do paciente é um desafio aos profissionais do Centro Cirúrgico, por esse motivo, há a necessidade de modificar a nossa conduta na assistência prestada durante todas as fases operatórias. Para isto ocorrer, precisamos de uma equipe multidisciplinar conscientizada e preparada para um atendimento humanizado, solidário e respeitoso. Além disso, as instituições podem elaborar protocolos para a privacidade do paciente e também criar aventais e/ou novas vestimentas que protejam as partes íntimas do paciente.


Palavras-chave


Privacidade, centro cirúrgico, paciente