Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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IDENTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS
Jackeline Magalhães Bica

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: No Brasil a morte encefálica (ME) é estabelecida pela perda definitiva e irreversível das funções do encéfalo, ou seja, córtex cerebral, telencéfalo e tronco cerebral com base na Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.480/97, é decorrente da associação do aumento da pressão intracraniana, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e hipóxia do tecido encefálico.  A doação é regida pela Lei nº9.434/97 que define, por exemplo, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral constatada por dois médicos e sob autorização de cônjuge ou parente. OBJETIVO: Conhecer as etapas de identificação de um possível doador de órgãos. METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido com a metodologia de Grupos de Promoção da Saúde definido pela Politica Nacional da Saúde. RESULTADOS: Determinação da Morte Encefálica ocorre através de três fases:  fase preparatória; fase de exame; fase documental. Na fase preparatória se identifica através do coma sem resposta ao estímulo externo; ausência completa de reflexos do tronco encefálico e apnéia. Na fase do exame se identifica o coma com causa conhecida e irreversível (comprovada por TC/RM), ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave (PIC >60, Tax > 36,5,  160 < Na >120) e ausência de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos (>24 h). Utiliza-se exame clinico neurológico a partir da ausência evidente do reflexo do tronco cerebral. O diagnóstico é estabelecido após a realização de dois testes clínicos com intervalo mínimo de 6h em adultos, obrigatório a realização de exame complementar compatível com ausência de perfusão cerebral ou de atividade elétrica cortical ou de metabolismo encefálico: Eletroencefalograma, Doppler transcraniano, Arteriografia cerebral, Cintilografia cerebral. A fase documental preenchimento de formulários; comunicação à família do RESULTADOS e comunicação dos órgãos responsáveis CIHDOTT, OPO, Central de Transplantes. CONCLUSÃO: A determinação da ME deve ser feita em caráter de urgência e a família deve ser avisada no início da avaliação. A equipe da UTI tem a função de determinar se o paciente se encontra em ME. Para que o processo de doação de órgãos ocorra é necessário que o potencial doador seja identificado pela equipe assistencial, diante da identificação é necessário que a família seja comunicada e concorde com a doação.


Palavras-chave


Doação de órgãos, enfermagem, morte