Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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O ENFRENTAMENTO DA MORTE NO COTIDIANO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Ana Paula da Silva Fraga, Mitiyo Shoji Araujo

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: Profissionais de enfermagem são os integrantes da equipe de saúde que mais mantêm contato direto e prolongado com pacientes que vivenciam a terminalidade, sendo por esta perspectiva quem melhor pode assistir o enfermo e sua família nesta etapa vital. O cuidado para uma boa morte deve ser baseado em princípios de veracidade, respeito e solidariedade, devendo assegurar a vontade e a autonomia das pessoas no processo de tratamento. As práticas do cuidar precisam estar orientadas para o alívio do sofrimento, focalizando a pessoa e não a sua doença, valorizando as trocas intersubjetivas e o encontro autêntico entre quem cuida e o cuidado. OBJETIVO: A finalidade da realização deste estudo foi a de trazer a discussão sobre o princípio da integralidade do cuidado, para que o enfermeiro possa contribuir na qualidade do mesmo. MÉTODO: Este estudo trata-se de uma de revisão bibliográfica integrativa que teve por objetivo conhecer as reações e sentimentos de profissionais da equipe de enfermagem frente à morte do paciente que vive sua terminalidade. Os dados foram coletados por meio de buscas nas bases Lilacs, MedLine, BVS, SciElo, Capes, utilizando os descritores: “morte”, “enfermagem e “cuidados”, no período de 2000 a 2015. Das 50 referências levantadas na língua portuguesa, foram selecionadas 20 artigos para extração dos dados e recuperados na íntegra, constituindo o corpus da pesquisa. RESULTADOS: Por fim, evidenciaram-se o predomínio de artigos publicados em periódicos brasileiros e permitiram agrupá-los em cinco categorias: Definição de morte, Sentimentos diante da morte, Cuidados para uma boa morte, Morte como fracasso profissional, Ensino e capacitação para profissionais. Os estudos indicam que o assunto morte e morrer têm sido um tabu entre todos profissionais que trabalham com a saúde, gerando muita angústia e sofrimento quando enfrentam a questão na prática. Essa realidade faz com que os profissionais se tornem distantes dos pacientes e de seus familiares que vivenciam o processo de morte. CONCLUSÃO: Sendo assim, o plano terapêutico deverá ser baseado no conforto e no alívio de sintomas de várias dimensões: física, emocional, social e espiritual. Ressalta-se a necessidade de mais humanização no cuidado prestado e que o tema morte seja mais abordado durante a formação acadêmica, para que estes profissionais se tornem mais preparados quando forem vivenciar a morte na prática.


Palavras-chave


Morte; Enfermagem; Cuidados