Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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RELIGIOSIDADE EM PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO- DESCRIÇÃO DE DADOS PARCIAIS
Karine Elisa Schwarzer Schmidt, Ivan Petry Feijó, Márcia Moura Schmidt, Margaret Ivanir Schneider

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: As implicações e aspectos positivos da religiosidade na saúde têm sido estudados recentemente em todo o mundo. Seus benefícios são comparados com o abandono do tabagismo e ainda com o acréscimo de até quatorze anos na expectativa de vida, o que a torna um novo paradigma na epidemiologia moderna. Estudos epidemiológicos têm demonstrado uma relação entre religiosidade/espiritualidade e doenças cardiovasculares, e permanecem dúvidas sobre como a religiosidade poderia interferir nestes eventos. OBJETIVO: Descrever dados parciais de um estudo de caso-controle. Relatar a religiosidade de parte do grupo caso e avaliar as características clínicas e eventos intra-hospitalares. METODOLOGIA: Estudo transversal descritivo, de 18/03/2016 a 08/04/2016. A avaliação da religiosidade foi realizada através do Inventário de Religiosidade Intrínseca (IRI), mediante contato telefônico. Para a validação inicial deste inventário, foi utilizada a ciência psicométrica para desenvolver e validar um instrumento breve para mensurar religiosidade intrínseca em duas amostras brasileiras e comparar com medidas de saúde mental e qualidade de vida. RESULTADOS: 45 pacientes, sendo 67% homens, média de idade 57 anos. 71% eram hipertensos e 51% tabagistas. 24% possuíam histórico de depressão e IAM prévio. Durante a internação, 34% apresentaram IAM recorrente e 29% trombose do stent. 86% acreditam muito/sempre na existência de um Deus ou entidade superior. 83% acreditam na força da oração, que a sua crença provê propósito à sua vida (81%), é fonte de benefício (80%) e de conforto (76%). A maior parte desta população se declarou da religião católica (56%), e 13% afirmaram não possuir religião. CONCLUSÃO: As características clínicas e eventos intra-hospitalares destes pacientes com eventos cardiovasculares maiores no seguimento em até 1 ano após o infarto, parecem indicar um grupo de cardiopatas crônicos, cuja crença provê propósito à vida, e, em aproximadamente 80% dos casos, é importante fonte de conforto e benefício. É necessário dar prosseguimento ao presente estudo para verificarmos as respostas dos participantes infartados, contudo que não apresentaram eventos intra-hospitalares e no seguimento clínico, a fim de avaliarmos a possível associação entre desfechos cardiovasculares e religiosidade.

 


Palavras-chave


Religião e Ciência; Infarto do Miocárdio; Enfermagem Holística.