INTRODUÇÃO: A saúde da mulher tem sido um campo de grande preocupação e discussão ao longo de várias décadas (1). Neste contexto, o Ministério da Saúde (MS) visando ampliar o acesso à saúde integral e humanizada da mulher, no ano de 2004, elaborou a Politica Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Outra estratégia que vem sendo bastante resolutiva quando falamos em cuidado da saúde da mulher e da gestante é a educação em saúde, ação em que o conhecimento científico sobre o processo saúde-doença alcança os usuários através dos profissionais que são capazes de promover mudanças culturais e implementação de hábitos saudáveis. Os grupos de gestantes vêm sendo desenvolvidos nas UBS para proporcionar um espaço onde as participantes e seus familiares possam trocar experiências, expressar sentimentos e discutir assuntos que não foram abordados nas consultas. OBJETIVOS: o objetivo deste estudo foi investigar o que existe na literatura brasileira sobre a importância dos grupos de gestantes na Atenção Básica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica com busca de artigos publicados de 2006 a 2016, em três bases de dados: SciELO, LILACS e BDENF, por meio dos descritores: grupos, gestantes, educação em saúde, enfermagem e Atenção Primária à Saúde. RESULTADOS: Foram encontrados 5173 artigos, sendo selecionados 15 por responderem ao objetivo proposto e por atenderem os critérios de inclusão. Nos RESULTADOS observou-se que a realização de grupos de gestantes é importante para o conhecimento, a compreensão e a identificação de ações que podem transformar a realidade das participantes. Ainda foi apresentado os temas e dinâmicas utilizadas nos grupos, bem como, a atuação do enfermeiro. CONCLUSÃO: A partir dessa revisão bibliográfica, conclui-se que a realização dos grupos de gestantes nas UBS é uma estratégia de grande valia para o complemento das consultas de pré-natal, possibilitando o aprendizado e a troca de experiências e conhecimentos relacionados a todo período do ciclo gravídico-puerperal. Conclui-se que os encontros com outras gestantes deixam a mulher e seu companheiro mais seguros e confiantes, sendo o enfermeiro um educador e mediador com a missão de compartilhar seus conhecimentos e estabelecer novas bases para o relacionamento entre enfermeiro-paciente-familia. Por fim, para que consiga exercer essa função com êxito, o enfermeiro precisa estar capacitado e motivado para realizar os grupos em sua UBS, deve conhecer a população de mulheres grávidas de abrangência da sua área para acolher de forma adequada e qualificada essas gestantes.