Última alteração: 10-10-2017
Resumo
INTRODUÇÃO: Dor aguda é conceituada pela Associação Internacional para Estudos da Dor (IAP) como “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano real ou potencial dos tecidos. É uma experiência subjetiva, que se modifica de pessoa para pessoa e que sofre interferências quanto à sua intensidade e qualidade, dependendo das condições socioeconômicas e culturais e das características fisiológicas e psicológicas. Sua intensidade depende da influência de fatores fisiológicos, como a extensão do trauma, a intervenção cirúrgica, a habilidade técnica do cirurgião, as doenças prévias, o local e o tipo da incisão; de fatores psicológicos, como ansiedade, medo e depressão, entre outros, bem como de fatores culturais do paciente. OBJETIVO: Relacionar os fatores que dificultam o processo de controle da dor pós-operatória. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, para seleção dos artigos foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos publicados no período de 2013 a 2015 e indexados nas seguintes bases de dados: SciELO, EBSCO. RESULTADOS: A dor é a complicação ou o desconforto mais frequente no período pós-operatório e pode resultar em sofrimento e riscos desnecessários ao paciente. O trauma do ato pos operatório resulta em alterações fisiológicas e emocionais que se não forem adequadamente controladas predispõem o paciente a complicações e podem prolongar a internação. Contudo, considera-se que a dor pós-operatória continua sendo controlada de forma inadequada. Estudos demonstram que metade dos pacientes submetidos a operações apresentam dor intensa durante a internação. O uso inadequado de medicamentos e técnicas farmacológicas e a falta de avaliação sistemática do gerenciamento do cuidado no período pós-operatório imediato (POI) são os fatores responsáveis por tal inadequação. A avaliação do paciente com dor envolve um diagnóstico correto, que permita a mais apropriada estratégia terapêutica farmacológica, associada às intervenções de enfermagem específicas, evitando, assim, a fragmentação da assistência prestada. CONCLUSÃO: O cuidado com a dor aguda está diretamente relacionado com a implantação de protocolos de avaliação e manejo da dor, como também com a aquisição de conhecimentos e de treinamento por parte da equipe de enfermagem. Acredita-se que assistência de enfermagem subsidiada em evidências pode minimizar este evento no pós-operatório, dando ao paciente não apenas as medicações prescritas, mas também uma atenção integral às suas necessidades físicas e psicológicas. O enfermeiro, como membro da equipe de saúde, deve exercer seu papel no controle da dor, ter responsabilidade na avaliação diagnóstica, na intervenção e na monitoração dos RESULTADOS do tratamento, assim como nos aspectos referentes à comunicação (verbal e escrita) sobre dor.