Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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GRAU DE DEPENDÊNCIA DOS PACIENTES DE UNIDADE DE INTERNAÇÃO ADULTO CLÍNICA-CIRÚRGICA
Paulo Francisco Berni Teixeira, Solange Machado Guimarães, Daniela dos Santos Schneider

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: Escalas de classificação de pacientes são instrumentos essenciais para auxiliar na medição do grau de dependência quanto aos cuidados de enfermagem e adequação da carga de trabalho da equipe. Dentre essas escalas cita-se a proposta por Perroca(1), instrumento validado no cenário brasileiro, em unidades de internação clínico-cirúrgica, avaliando aspectos do trabalho de enfermagem referente à sistematização da assistência, realização de cuidados, educação para saúde e suporte emocional. Objetivo: Avaliar o grau de dependência dos pacientes de uma unidade de internação adulto, em relação à assistência de enfermagem. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, de caráter descritivo, com análise documental retrospectiva. A amostra foi constituída de 105 pacientes hospitalizados na unidade de internação adulto do Hospital Universitário de Canoas/RS, no período de março a abril de 2017. Para coleta de dados foram utilizados registros da planilha de cuidados do enfermeiro. Como instrumento de pesquisa foi utilizado uma escala de classificação de pacientes(1) a qual foi adaptada conforme o perfil dos clientes internados no período da coleta, e é composta de nove indicadores críticos de cuidados: 1) planejamento e coordenação do processo de cuidar; 2) investigação e monitoramento; 3) cuidado corporal e eliminações; 4) cuidados com pele e mucosas; 5) nutrição e hidratação; 6) locomoção e atividade; 7) terapêutica; 8) suporte emocional; 9) educação à saúde. Os resultados das variáveis nominais foram expressos através de análises de frequência e os resultados das variáveis contínuas através de média ± desvio padrão. Para verificar a normalidade dos dados foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Em ambos os testes foi considerado como significativo um p<0,05. Para análise dos dados foi utilizado o programa SPSS 21.0. RESULTADOS: Dos 105 pacientes avaliados, 55,2% necessitam de cuidados intermediários, 26,7% de cuidados semi-intensivos, 11,4% de cuidados mínimos e 6,7% de cuidados intensivos. A maioria dos pacientes (13%) estavam internados por motivos de fratura, sendo que alguns já haviam passado por cirurgias de correção e outros se encontravam aguardando o procedimento. CONCLUSÃO: Sistemas de classificação de pacientes possibilitam equalizar a relação entre a demanda gerada pelos clientes e oferta de cuidado, de modo a fundamentar a adequação de práticas assistenciais. Após a realização deste estudo, observa-se que a equipe atende dentro de uma mesma unidade uma clientela com exigências diversificada em termos de cuidados, levando a uma sobrecarga de trabalho e aumento do risco de eventos sentinelas na assistência prestada a este indivíduo.


Palavras-chave


Avaliação em Enfermagem; Assistência de Enfermagem; Pacientes Internados