Última alteração: 10-10-2017
Resumo
INTRODUÇÃO: O Câncer de colo de útero é a quarta causa de mortalidade na população feminina. Nesse contexto, a população que preocupa em relação à infecção pelo HPV é a dos adolescentes, onde se observa alta incidência de infecção. Diante disso, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ampliou, em 2014, o Calendário Nacional de Vacinação com a INTRODUÇÃO da vacina Quadrivalente Papilomavírus Humano (HPV). Nesse contexto, o enfermeiro é um profissional capacitado para realizar ações de educação em saúde sobre a infecção pelo vírus HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Essas ações podem ser realizadas através da conscientização da prática sexual segura e utilização de MÉTODOs preventivos, como o preservativo. OBJETIVO: Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a cobertura vacinal de HPV em meninas de uma UBS de Canoas/RS, buscando compreender os motivos para a não adesão a esta vacina. METODO: Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, realizado com 12 meninas que não compareceram na UBS para a realização da segunda dose da vacina. A coleta das informações foi realizada através de pesquisa nos dados no SI-PNI, nos registros da ESF, em prontuários e entrevista semiestruturada. Para análise quantitativa foi utilizada estatística descritiva. Já a análise qualitativa foi realizada através de análise temática. RESULTADOS: Como RESULTADOS evidenciou-se que no ano de 2015, houve uma cobertura de 94,3% da 2ª dose da vacina do HPV. Os principais motivos das meninas para a não realização da 2ª dose da vacina foi ter medo de injeção, falta de informação e responsabilizaram suas mães. CONCLUSÃO: De modo geral, as adolescentes entrevistadas possuíam conhecimentos sobre a forma de transmissão do HPV e sua relação com o câncer de colo uterino, ainda que de forma limitada. A partir dos relatos das adolescentes foi possível identificar que as mesmas não tinham recebido informações sobre a vacina ou estas informações foram insuficientes para sensibilizá-las em relação à aplicação da segunda dose. A partir desta pesquisa espera-se contribuir com a UBS União de forma a auxiliar os profissionais de saúde a elaborar melhores estratégias de educação em saúde para os adolescentes, seja através de consultas de enfermagem, visitas domiciliares, oficinas na unidade e no ambiente escolar ou na produção de material informativo. O tema sexualidade deve ser abordado nas escolas de forma simples e objetiva, numa parceria entre escola, família e profissionais de saúde, abrangendo, além dos aspectos biológicos da reprodução, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, os MÉTODOs contraceptivos, e o esclarecimento de dúvidas desse público.