Última alteração: 10-10-2017
Resumo
INTRODUÇÃO: O rastreamento do câncer de mama pela mamografia é objeto de muita controvérsia e debate, apesar de ser uma das intervenções mais estudadas em toda a história. No Brasil, existe uma grande heterogeneidade na distribuição de casos novos e mortes por câncer de mama, as maiores taxas de incidência e mortalidade ocorrem nas Regiões Sul e Sudeste, e as menores taxas nas Regiões Norte e Nordeste. OBJETIVO: Identificar os benefícios e malefícios do rastreamento mamográfico. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa. A amostra foi através da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (PUBMED), bem como de descritores da Ciência da Saúde, selecionados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão estabelecidos nesta pesquisa foram: artigos científicos publicados na íntegra, no período de 2011 a 2015, publicados na língua inglesa e portuguesa e de forma gratuita. O critério de exclusão foi artigos que não respondessem a questão norteadora ou que estivessem fora da data selecionada. A busca foi feita em 16 de janeiro de 2016, sendo encontradas 34 referências. RESULTADOS: Os malefícios seriam o risco devido à radiação ionizante que é proporcional à dose e à frequência que é realizada. O sobre diagnóstico que consiste no diagnóstico de uma doença que nunca provocará sintomas, se não fosse descoberta.O sobre tratamento que é a doença que a paciente será diagnosticada e tratada de um câncer que não ameaçaria a vida. O benefício da mamografia é a redução do câncer de mama que é detectado num estágio curável e precoce. CONCLUSÃO: O rastreio mamográfico não traz apenas benefícios, principalmente se feito antes dos 50 anos de idade da mulher e em períodos inferiores a dois anos. Em países que ainda não conseguiram implantar programas mínimos de saúde coletiva seria irresponsável pleitear mamografia anual para mulheres abaixo dos 50 anos, pois os benefícios são menores que os malefícios. Parafraseando Adorno afirmamos que “De uma perspectiva ética, um programa de saúde pública que não produz claramente mais benefícios do que danos é difícil de justificar.