Última alteração: 10-10-2017
Resumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é hoje tendência mundial, o qual tem corroborado para o crescimento no número de hospitalizações, recursos despendidos e procedimentos cirúrgicos. É papel da enfermagem atentar-se as comorbidades envolvidas a esse grupo e planejar cuidados perioperatórios. Logo, conferem-se maiores estudos relacionados ao planejamento cirúrgico com ênfase nos riscos de lesões de pele decorrentes do posicionamento cirúrgico e as consequências envolvidas em sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), visto que todo processo cirúrgico do idoso deve ser orientado e analisado sob uma perspectiva individualizada e humanizada. OBJETIVO: Descrever o paciente idoso submetido à cirurgia, seus fatores de risco para lesões de pele decorrentes do posicionamento cirúrgico no período intraoperatório, bem como identificar as suas complicações mais frequentes em SRPA. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada mediante busca em periódicos on-line nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC), utilizando-se dos temas: envelhecimento, idoso cirúrgico, e cuidados de enfermagem no perioperatório. O estudo foi constituído de 10 artigos, desse total utilizaram-se 8 artigos científicos como parte da amostra A análise de dados foi realizada por meio de quadros e texto descritivo. RESULTADOS: Compreenderam-se como fatores de risco relacionados à ocorrência de lesões por posicionamento perioperatório, fatores intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos estão relacionadas com as condições orgânicas e clinicas do paciente . Já os extrínsecos estão relacionadas ao ambiente, ao posicionamento e a materiais utilizados. Além disso, há a relação das lesões por posicionamento com os fatores específicos do transoperatório, tais como o tempo de cirurgia, tipo de posição, uso de colchão da mesa cirúrgica padrão, uso de artigos de posicionamento e de aquecimento, sedação e agentes anestésicos, hipotensão intraoperatória, alterações hemodinâmicas, alterações do padrão circulatório e por fim da própria equipe. Observou-se, ainda que em SRPA os idosos desenvolveram com maior frequência hipotermia, hipoxemia, delirium e alteração do nível de consciência. Os estudos demonstraram que há uma maior incidência de hipoxemia em pacientes classificados segundo escala ASA em II e III. CONCLUSÃO: Percebeu-se a importância da equipe de enfermagem na implementação de medidas que corroboram para a prevenção de lesões de pele, e sua atuação na identificação das complicações mais frequentes no período pós-operatório aos indivíduos idosos. Visto que, tais condutas têm impacto positivo para diminuição desses agravos.