Última alteração: 17-06-2016
Resumo
INTRODUÇÃO: A incidência significativa de gravidez na adolescência deve ser considerada uma questão de saúde pública e a literatura tem mostrado que as causas mais frequentes tem sido a ignorância e o desuso sobre os métodos contraceptivos, cabendo cada vez mais uma abordagem com discussão e orientação aos adolescentes. Nos encontros, além dos temas gravidez e sexualidade, existe uma discussão sobre drogas, que também constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências para o jovem1. Este trabalho tem como objetivo mostrar como os alunos adolescentes avaliam as oficinas sobre gravidez e a sua contracepção levando em consideração o exercício da sexualidade adolescente, bem como a questão das drogas, ministradas por estudantes de Medicina.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo sendo utilizado um questionário padronizado para coleta de dados. As oficinas foram ministradas por acadêmicos do curso de Medicina da ULBRA, previamente capacitados através de um treinamento. Os encontros com os adolescentes das escolas ocorreram nas salas de aula da escola São João, com turmas do 8º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, sem a presença do professor. Os temas sugeridos foram brevemente abordados, sendo estimulado o diálogo aberto mediante perguntas e colocações escritas ou verbais para os acadêmicos de medicina. Ao finalizar o encontro, os adolescentes respondem a um questionário estruturado, registrando sua opinião a respeito da oficina.
RESULTADOS: No encontro, 132 adolescentes participaram das oficinas. Na avaliação destes alunos, um total de 62,87% deles classificou o encontro como “Muito bom”, 29,54% como “Bom”, 3,03% como “Ruim” e 4,54% marcou “Sem opinião”. Quando questionados se gostariam de repetir o encontro, 92,42% responderam que sim.
CONCLUSÕES: A aceitação por parte dos estudantes parece refletir a necessidade que o adolescente tem de saciar suas dúvidas e curiosidades sobre um assunto habitualmente tratado como tabu em nossa sociedade. A experiência tem mostrado que a pouca diferença de idade entre os adolescentes e estudantes de medicina é um fator facilitador no melhor entendimento e liberdade de comunicação entre eles2.