Última alteração: 14-06-2017
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo investigar o papel do facilitador em sessões terapêuticas de psicomotricidade relacional. A psicomotricidade como espaço relacional e afetivo da criança.ocupa um lugar de vital importância no atendimento de pessoas com desenvolvimento típico e atípico, prevenindo e detectando possíveis distúrbios da afetividade, pensamento, motricidade e linguagem. É um processo onde o fazer e o pensar estão imbricados enquanto possibilidades existenciais do homem. O facilitador potencializa o jogo, provoca novos desafios, através do brincar, da parceria simbólica, através da relação de ajuda que estabelece com os participantes.Ele se faz presente quando necessário, oferecendo o corpo de ajuda, em uma situação de conflito intervém, não com o propósito de apaziguar, mas possibilitar que a criança sinta e reflita sobre o que está acontecendo e, principalmente, escute uma a outra, para então descobrirem o melhor caminho. Um outro aspecto relevante é que o facilitador deve discernir a hora de entrar e sair do jogo, preservando o espaço terapêutico da criança. Além de construir o vínculo com a criança e de estar corporalmente disponível, é fundamental que o facilitador possua e demonstre conhecimento teórico para que consiga fazer a leitura das vivências nas sessões e possa perceber alguns sentimentos reprimidos da criança, tendo em vista que o que acontece na vida dela é manifestado através do jogo. Neste estudo nos propomos a enfatizar o papel do facilitador e das suas responsabilidade perante si mesmo e perante a criança. Ficou evidenciada a necessidade da formação pessoal, por ser neste momento que o adulto toma uma maior percepção de seus limites corporais e suas possíveis problemáticas denominadas na área da Psicomotricidade Relacional de fantasmas corporais.