Última alteração: 15-09-2015
Resumo
Estudos científicos mostram que o consumo do resveratrol (RES) e/ou de alimentos que o contém está associado com melhorias nas condições de saúde, relacionados com uma ampla variedade de atividades biológicas. Entretanto, os estudos que envolvem a sua atividade antimutagênica vêm apresentando resultados conflitantes. Desta forma, o presente estudo avaliou a antimutagenicidade deste composto sobre os danos genéticos induzidos pelosmutágenosetilmetanossulfonato (EMS) e mitomicina C (MMC), através do teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophilamelanogaster. Para tanto, foram utilizados os protocolos de co-tratamento e pós-tratamento. Os resultados obtidos mostram que: (i) no co-tratamento, o RES foi capaz de reduziros efeitos tóxico-genéticos induzidos pelo EMS em todas as concentrações avaliadas, ao mesmo tempo em que aumentou a frequência de danos genéticos induzidos pela MMC nas concentrações de 0,04e 0,15mM, e (ii) no pós-tratamento o RES reduziu a frequência de manchas mutantes induzidas pelo EMS apenas na concentração de 0,01 e 0,04 mM não alterou as frequências de danos genéticos induzidos pela MMC. Os resultados obtidos até o presente momento com o teste SMART, indicam que o RES é capaz de atuar como um agente desmutagênico, possivelmente através da sua capacidade antioxidante, impedindo a indução de danos genéticos, ao mesmo tempo em que atua como um agente bioantimutagênico, possivelmente por interferir nos mecanismos de reparação que atuam sobre os danos induzidos pelo EMS. Por outro lado, também age como um agente co-mutagênico em relação à MMC, podendo estar relacionado à ação pró-oxidante.
Palavras-chave: antimutagenicidade; Drosophila melanogaster; recombinação; teste SMART.