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ESTUDO DO POTENCIAL MUTAGÊNICO DE Lactobacillus paracasei
Guilherme dos Santos Pozzebon, Renata Chequeller de Almeida, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 15-09-2015

Resumo


Um número considerável de benefícios para a saúde tem sido postulado como resultado da ingestão de probióticos. As principais preparações probióticas atualmente disponíveis no mercado pertencem ao grupo de bactérias designadas como ácido lácticas (BALs), que apresentam um amplo potencial de aplicação, abrangendo desde sua incorporação como parte do processo de fermentação em produtos lácteos, até à sua utilização como probióticos na saúde humana e animal. Considerando o aumento no consumo humano de produtos lácteos contendo estes microrganismos, cada vez mais se faz necessário avaliarmos a sua segurança, especialmente no que se refere à indução de danos ao material genético. Neste sentido, o presente estudo avaliou a atividade mutagênica de BALs através do teste para detecção de mutação e recombinação em células somáticas de Drosophila melanogaster (SMART). Foram avaliadas quatro diferentes concentrações (104, 106. 108 e 1010 células/mL) de BALs da linhagem LAC 104 de Lactobacillus paracasei proveniente de queijo artesanal nativo da Região Nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos no cruzamento padrão mostram que a linhagem LAC 104 não aumentou a frequência de danos genéticos quando comparada ao controle negativo, o que permite caracterizá-la como destituída de atividade mutagênica e recombinogênica neste bioensaio. Ainda que a atividade mutagênica da linhagem LAC 104 não tenha sido previamente avaliada, a ausência de indução de danos genéticos verificada neste estudo está de acordo com alguns resultados descritos na literatura científica com outras bactérias probióticas, o que reforça as informações que confirmam a segurança do consumo destes microrganismos.

 

 


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