Última alteração: 15-09-2015
Resumo
Os profissionais de enfermagem que trabalham em hospitais no contexto brasileiro estão expostos a condições de trabalho muitas vezes precárias, que potencializam a possibilidade de adoecimento. Entre os principais problemas de saúde que acometem a o trabalho de enfermagem destacam-se os relacionados ao aparelho osteomuscular. A partir dos resultados deste estudo busca-se oferecer subsídios teóricos para instaurar ações que previnam doenças osteomusculares e preservem a capacidade para o trabalho dos profissionais dessa e de outras instituições. Trata-se de um estudo transversal, exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa desenvolvido num hospital privado de Porto Alegre. Os resultados obtidos com relação aos sintomas osteomusculares evidenciou que 51,4% dos entrevistados relataram dor ou parestesia nos últimos doze meses no pescoço, ombros e região superior das costas. Na região inferior das costas 58% relataram dores no último ano. Em relação a consulta com algum profissional de saúde nos últimos doze meses, os motivos foram por problemas no: pescoço (20,6%), ombros (14,3%), região superior das costas (14,3%), cotovelos (7,1%), punhos/mãos (14,5%), região inferior das costas (24,3%). O espaço físico inadequado, a falta de equipamentos facilitadores do trabalho foram apontados como fatores que dificultam o trabalho da equipe de enfermagem e que acarretam desgaste físico. Os sintomas osteomusculares estão entre os principais problemas que afetam a saúde do trabalhador de enfermagem, entendem-se que mecanismos devem ser criados, tanto pelas instituições de saúde, quanto pelos próprios profissionais, a fim de se incentivar práticas de saúde preventivas, além do uso de equipamentos acessórios para o manuseio do paciente.