Prédio: Prédio 14
Sala: Sala 218
Data: 21-06-2016 16:00 – 16:15
Última alteração: 13-06-2016
Resumo
Este trabalho é produto de uma pesquisa em andamento que objetiva apontar como se produzem os lugares das mulheres, dos homens e das crianças nas notícias sobre a epidemia de zika, através da análise de textos divulgados em dos dois veículos de comunicação. Nos meses iniciais do ano 2016, houve um aumento no registro de casos de dengue, zika vírus, e febre chikungunya, enfermidades que têm o mosquito aedes aegypti como vetor de transmissão. Os meios de comunicação de massa têm investido fortemente na possível hipótese de associação do zika vírus ao aumento de casos de nascimento de crianças com microcefalia em certas regiões do Brasil, especialmente no Nordeste. Como parte metodológica foi selecionado um total de vinte notícias entre os dois veículos escolhidos, em um recorte temporal dos meses de janeiro, fevereiro e metade do mês de março. Essas mães são caracterizadas pelos veículos como sozinhas, desinformadas e infelizes. As crianças com microcefalia são enquadradas no campo do indesejável, responsáveis pela infelicidade das mães. A figura do pai é quase inexistente nas notícias, transferindo a responsabilidade da criação da criança com microcefalia somente para mãe.