A energia é um item essencial para o desenvolvimento socioeconômico. Para o processo de produção da energia é possível utilizar diversas fontes, uma delas é o carvão mineral, que foi uma das primeiras fontes empregada pelo homem no processo de energia em larga escala. O carvão é uma mistura complexa de variadas substâncias química orgânicas, constituído principalmente por moléculas de hidrocarboneto e oxigênio, e pequenas quantidades de nitrogênio e enxofre. O Brasil representa a 10ª maior reserva de carvão do mundo, totalizando 12 bilhões de toneladas. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 90% das reservas nacionais, e a Jazida de Candiota (RS) possui cerca de 30% de todo o carvão nacional. Algumas substâncias que compõem o carvão apresentam o potencial de produzirem efeitos mutagênicos e carcinogênicos em organismos expostos a este mineral. Com isso a exposição ao carvão e o seu potencial genotóxico e mutegênico veem sido estudado com diferentes enfoques em diversos organismos. Levando em consideração que a composição do carvão tem o potencial de apresentar certos componentes genotóxicos. Este trabalho tem como objetivo realizar o biomonitoramento de uma amostra de trabalhadores deste setor da região de Candiota (RS). Para este estudo foi coletado amostras de sangue total de 147 indivíduos, sendo 71 mineradores expostos ao carvão e 76 indivíduos não expostos da mesma região. Foram avaliados nas amostras o teste de micronúcleos em linfócitos e o ensaio cometa.