As cascas de Calliandra fernandesii (Fabaceae), comumente conhecidas como caroba ou carobinha, são utilizadas em uma preparação popular chamada de “garrafada de carobinha’. A qual é composta por cinco plantas e vem sendo utilizada como um tratamento alternativo e complementar para pacientes renais crônicos submetidos a tratamento por hemodiálise. Porém, em estudos prévios esta preparação mostrou um potencial mutagênico e citotóxico. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar a constituição fitoquímica e avaliar o potencial antioxidante e antiproliferativo do extrato aquoso das cascas de C. fernandesii. A análise fitoquímica foi estudada por ensaios colorimétricos qualitativos além de doseamentos de compostos fenólicos e flavonoides totais. A atividade antioxidante do extrato aquoso das cascas de C. fernandesii foi avaliada frente ao radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) tendo como padrão quercetina (IC₅₀ = 18,22 ± 2,22 µg/mL). Para avaliar a atividade antiproliferativa utilizou-se o método da sulforrodamina B (SRB) frente às linhagens de adenocarcinoma de colón (HT-29), carcinoma de mama (MCF-7), célula tumoral geral (KB), glioblastoma humano (U-251) e fibroblasto (NHI-3T3), o padrão utilizado foi o etoposídeo. A análise fitoquímica determinou a presença de flavonóides e saponinas. Além disso, apresentou teores de fenólicos totais 146,82 ± 0,49 mg/g EAG e 3,52 ±0,14 mg/g EQ de flavonoides totais. O potencial antioxidante do extrato bruto de C. fernandesii apresentou IC₅₀= 125,54 ± 4,07 µg/mL. Além disso, o extrato aquoso apresentou efeito antiproliferativo em quatro das cinco linhagens celulares, sendo mais ativo contra a linhagem celular HT-29.

Palavras chave: screening fitoquímico; antiproliferativo; Calliandra fernandesii;