Prédio: Prédio 14
Sala: Sala 218
Data: 21-06-2017 14:30 – 14:45
Última alteração: 09-06-2017
Resumo
Estudo qualitativo, elaborado frente aos aportes teóricos dos Estudos Culturais em Educação e dos Estudos de Gênero, em perspectiva pós-estruturalista, o presente trabalho busca analisar a constituição da subjetividade de jovens contemporâneos frente aos discursos visibilizados por músicas e videoclipes de músicas de funk, entendidos aqui como artefatos midiáticos. Tais jovens, com idades entre quatorze e dezessete anos, são estudantes do último ano do Ensino Fundamental de duas escolas públicas das cidades de Porto Alegre (RS) e Canoas (RS) Como metodologia, valemo-nos do uso de questionários, da análise de determinados artefatos culturais (músicas e videoclipes), descritos pelos jovens investigados como seus preferidos e também, dos grupos de discussão com os estudantes das turmas referidas acerca das músicas mais populares entre os/as jovens pesquisados. Através das análises realizadas percebemos, entre outras questões, que os jovens associam a masculinidade expressa nas músicas apresentadas com a possibilidade de consumir artefatos de luxo e, por conseguinte, ter a companhia de belas mulheres. Já a feminilidade representada nos clips é relacionada à vulgarização e objetificação da mulher, sendo essa dominada pelo homem, que possui maior poder aquisitivo, no entanto essa feminilidade não agrada a maioria das jovens pesquisadas. Compreendemos que esta investigação, mais do que visibilizar e problematizar a constituição de expressividades das culturas juvenis contemporâneas, visa contribuir para organização de diferenciadas práticas pedagógicas nas instituições escolares, a partir do conhecimento de dimensões da vida dos jovens na atualidade.