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AVALIAÇÃO PRÉ-CLÍNICA DA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES EM RATOS TRATADOS COM BIOMATERIAIS A BASE DE QUITOSANA
Prédio: Prédio 14
Sala: Sala 338 PPGECIM Pitágoras
Data: 21-06-2017 15:45 – 16:00
Última alteração: 09-06-2017
Resumo
A cicatrização de feridas crônicas é um desafio terapêutico, desenvolvendo úlceras cutâneas que necessitam de um longo tempo de tratamento, resultando em alto custo com cuidados médicos. O uso de recursos naturais é uma tendência mundial na tentativa de mimetizar uma matriz cutânea original. A biomembrana formada por quitosana tem se mostrado promissora, pois além de ser abundante na natureza, apresenta várias funções biológicas, como: propriedades de acelerar a cicatrização, estimular a diferenciação celular e a reepitelização da pele. Este estudo objetivou avaliar e comparar a eficácia dos diferentes tipos de biomembranas de quitosana no processo cicatricial de lesões cutâneas. Foram utilizados ratos Wistar submetidos a uma excisão cirúrgica na parte superior do dorso, onde avaliou-se sua reparação tecidual em diferentes dias. Os tratamentos utilizados foram: soro fisiológico, colagenase, membrana de sal de quitosana, nanomembrana de quitosana em ácido acético e nanomembrana de quitosana em ácido clorídrico. Foram realizadas análises morfométrica, morfológica, histológica e estatística. Os animais tratados com biomembranas de quitosana apresentaram melhor aparência da ferida em todo o período quando comparado aos demais grupos. A formação de exsudato e a contração final da ferida foram semelhantes em todos os grupos. A avaliação do tipo de inflamação aguda dos grupos com biomembrana de quitosana demonstrou melhores resultados apesar da formação de crosta sob a membrana, que configurou um aspecto sero-hemático; apesar desta alteração, não houve alteração do processo cicatricial. A análise histológica demonstrou que os grupos com biomembranas de quitosana apresentaram aspectos histológicos mais favoráveis, estimulando as fases subsequentes da cicatrização. O presente estudo demonstrou que o tratamento com as biomembranas de quitosana, especialmente a com ácido clorídrico, estimulou as fases subsequentes da cicatrização, fazendo com que seu arranjo histológico fosse mais denso e consistente.