O câncer é considerado um dos principais problemas de saúde no mundo, contabilizando 14 milhões de novos casos e 8,2 milhões de mortes em 2013. De acorco com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes (Brasil) em 2014, a incidência de neoplasias que compreendem o Sistema Nervoso Central (SNC) chegou a 5,1 casos para cada 100 mil homens, e a 4,0 casos para cada 100 mil mulheres em todo o Brasil. Entre os tumores do SNC o Glioblastoma Multiforme (GBM) é o mais comum e agressivo e seu tratamento geralmente envolve ressecção cirúrgica, radioterapia e quimioterapia. A Temozolamida (TMZ) é o principal quimioterápico utilizado para esse tipo de neoplasia. Diversos agentes farmacológicos vem sendo utilizados associados ao TMZ, com o objetivo de melhor as respostas. O presente trabalho tem como objetivo investigar o potencial dos tratamentos isolados e combinados entre os quimioterápicos TMZ e Celecoxibe (CLX) quanto a melhor sequência de administração dos fármacos (co-tratamento ou pré-tratamento), indução de citotoxicidade e de apoptose. Os resultados mostraram que no protocolo de co-tratamento que o CLX potencializou a ação da TMZ. O western blooting demonstrou que o co-tratamento ativou a via de apoptose mediada pela caspase 3. A partir destes resultados, percebeu-se que a melhor forma de tratamento seria o co-tratamento, utilizando os dois fármacos juntos para obter um melhor efeito antitumoral, o que eventualmente pode ser de interesse clínico como alvo de futuras terapias contra GBM.