Prédio: Prédio 14
Sala: 317
Data: 20-06-2018 15:00 – 15:15
Última alteração: 06-06-2018
Resumo
Miricetina (MIR) e myricitrin (MTR) são flavonóides comuns na dieta humana, sendo encontrados em plantas e consumidos em vegetais, frutas e bebidas, como chá e vinho. Apresentam efeitos biológicos benéficos á saúde, exibindo propriedades anti-carcinogênicas, anti-inflamatórias, antiateroscleróticas, antitrombóticas, antidiabéticas e antivirais. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade mutagênica da MIR e da MTR e estudar o potencial antimutagênico destes compostos fenólicos sobre os danos genéticos induzidos pelo etil-metanossulfonato (EMS). Para tanto foi utilizado o teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophila melanogaster. As concentrações testadas para ambos os compostos foram: 12,5; 25; 50 e 100 mg/ml. Na análise do potencial antimutagênico, os protocolos de co e pós-tratamento e as concentrações de 25; 50 e 100 mg/ml de MIR e MTR foram utilizadas. Resultados preliminares mostram que estes compostos não exerceram atividade mutagênica em todas as concentrações avaliadas nos dois cruzamentos. Dados sobre a atividade antimutagênica no protocolo de co-tratamento mostram que a MIR reduziu a freqüência de danos genéticos induzidos pelo EMS apenas na concentração de 100 mg/mL, enquanto a MTR apresentou esse efeito modulador nas concentrações de 50 e 100 mg/mL. Por outro lado, no protocolo pós-tratamento, MIR e MTR não foram capazes de alterar significativamente a frequência de danos induzidos pelo EMS. Os dados do presente estudo mostram que MIR e MTR possuem efeito protetor mais amplo que a atividade antioxidante já descrita na literatura, uma vez que o EMS não é capaz de induzir dano oxidativo no DNA.
Palavras chave: fenólicos; miricitrina; miricetina; mutagênese; antimutagênese.