Última alteração: 11-10-2016
Resumo
Introdução Trata-se de um relato de caso referente ao atendimento realizado à família composta por uma idosa recém viúva (65 anos); a filha pessoa com deficiência intelectual (24 anos) uma jovem mãe da criança atualmente com (2 anos) que é a paciente em questão. Com isso, ” Pensar a família no campo da proteção social implica reconhecer que a família na sua dimensão simbólica, na sua multiplicidade, na sua organização é importante à medida que subsidia a compreensão sobre o lugar que lhe é atribuído na configuração da proteção social de uma sociedade, em determinado momento histórico. (MIOTO,2010) Objetivos Relatar como a desarticulação entre alguns serviços que compõem o Sistema de Garantia de Direitos à Infância no âmbito de Canoas/RS interferem no atendimento à criança e no trabalho realizado pela equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) União, situada no Bairro Mathias Velho. Métodos Relato de experiência sobre um atendimento à infante sob consulta do prontuário na UBS; ficha social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Mathias Velho e contatos telefônicos e por referência e ccontrareferência entre os serviços implicados, desde o Ministério Público (MP), Conselho Tutelar; Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Adulto. Resultados e Conclusões finais ou parciais. O referido acompanhamento envolve a orientação familiar na coordenação do cuidado, sendo este um dos objetivos da atenção básica de saúde. A partir das intervenções realizadas, a família de origem conseguiu (re)organizar-se no cuidado diário da menina e assim te-la consigo novamente. Isso é reflexo de um trabalho em rede envolvendo os serviços do município e o comprometimento da família. Nesse sentido, cabe destacar que “A organização e a articulação de serviços é um aspecto fundamental para atender as necessidades das famílias e garantir eficazmente uma estrutura de cuidado e proteção. Isso só se torna possível quando a organização dos serviços é estruturada de forma a permitir e facilitar o acesso das famílias” (MIOTO, 2010). Contudo, um agravo de saúde fez com que a criança fosse hospitalizada e esse fator gerou sobreposição e duplicidade de atendimento dos serviços, dificultando a autonomia da família. Constatou-se a falta de comunicação entre os serviços envolvidos, o risco de intervenções invasivas ao invés de potencializadoras do cuidado. Considerações Finais: Nossa contribuição enquanto assistentes sociais que intervém com a população usuária para a garantia dos seus direitos e acesso as políticas públicas sociais é que a interface entre os serviços perpassa a comunicação, a corresponsabilidade na integralidade do cuidado e não ao imediatismo representado por ações fragmentadas e pontuais. Descritores: Cuidado. Rede. Integralidade. Proteção