Última alteração: 11-10-2016
Resumo
Introdução - A redução do índice de mortalidade infantil é uma das metas do milênio, divulgação feita em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil assumiu o compromisso de reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de cinco anos no período entre 1990 e 2015. A Rede Cegonha, implantada pelo Ministério da Saúde em 2011- objetivou construir um conjunto de iniciativas que envolvem ações para a gestante, desde a confirmação da gravidez, no pré-natal, até os dois anos de vida da criança, uma vez que a melhora na assistência perinatal evita muitos óbitos infantis. Objetivo - O estudo objetivou caracterizar a mortalidade infantil segundo causas evitáveis entre os anos de 2012 e 2014. Metodologia- Trata-se de um estudo transversal-descritivo com abordagem quantitativa. Foram utilizados dados secundários, relativos aos nascidos vivos e óbitos infantis, ocorridos entre zero e 364 dias, no município de Canoas/RS. A população de estudo é formada por 142 óbitos enviados e inscritos na base de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos da Secretaria de Saúde de Canoas. Os Resultados evidenciam que 73,9% das mães tinham idade inferior a 35 anos, e 45,8% concluíram o ensino fundamental. A grande maioria das mães era da raça branca (71,6%) e solteiras (65,5%). O maior índice de óbitos (32,4%) ocorreu entre 37 e 41 semanas de idade gestacional, e 33,3% das gestantes realizaram entre três e cinco consultas de pré-natal na rede. Menos de um quilograma foi o peso de 35,9% dos recém-nascidos. As mortes ocorreram em 25,4%, devido a causas consideradas redutíveis por adequada atenção na gestação. Considerações Finais - São necessários e urgentes os investimentos nas áreas de tecnologia, para qualificar os serviços e a rede do município, além de uma sensibilização universal, voltada à atenção pré-natal, parto, recém-nascido e puerpério.
Palavras Chave: Mortalidade Infantil, Causas Evitáveis, Indicadores de Saúde.