Eventos ULBRA, II JORNADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

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LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES IDOSOS: CLASSIFICAÇÃO, FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO
Cristian Amaral Pereira, Jéssica Bianchi, Patrícia Argenta, Fernanda Schommer Stein, Antonio Carlos Weston

Última alteração: 06-03-2018

Resumo


No ambiente hospitalar, diferentes patologias são prevalentes na população idosa, embora muitos profissionais da saúde promovam ações para evitá-las. Nesse contexto, enquadram-se as lesões por pressão (LPP), dificultando ou impedindo a perfusão tissular, acarretando danos teciduais e necrose. No idoso, o envelhecimento da pele é de grande influência no surgimento dessas lesões, o que torna necessário o conhecimento dessa patologia a fim de uma detecção precoce, caracterizando-as e detectando os fatores de risco, além de ações preventivas. A organização norte-americana, National Pressure Ulcer Advisory Panel, dedica-se à prevenção e ao tratamento de lesões por pressão. Essas lesões são danos localizados na pele e/ou em tecidos moles subjacentes; geralmente ocorrem sobre uma proeminência óssea. A lesão resulta da pressão prolongada em combinação com o cisalhamento. Podem ser classificadas em: estágio I, estando a pele íntegra com eritema que não embranquece; estágio II, quando há perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme; estágio III, quando há perda da pele em sua espessura total; estágio IV, havendo perda da pele em sua espessura total e perda tissular. Há ainda lesão por pressão não classificável, ocasionando perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível, e lesão por pressão titular profunda, quando ocorre descoloração vermelho escuro, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece.Os fatores predisponentes para desenvolver lesões na pele estão associados às fragilidades decorrentes do envelhecimento da pele e das condições de cuidado de cada idoso. Assim, a reabilitação e o tempo de recuperação são maiores em pacientes com idade avançada. As alterações cardiocirculatórias, como hipertensão, diabetes mellitus, dentre outras patologias crônicas, tornam-se um fator de risco para as LPP. O tempo de internação hospitalar também é fator agravante. Existem mais de quarenta preditivas para detectar o paciente com potencial de desenvolver lesão. As mais utilizadas são a de Norton, de Waterlow e de Braden, diferindo na abrangência, aplicabilidade e complexidade. O uso das escalas auxilia a classificação do grau das lesões. No caso dos idosos, é necessário aumentar o cuidado em pacientes restritos ao leito. Também é importante que os profissionais de saúde não foquem apenas no problema atual dos idosos hospitalizados, não instruindo para a prevenção de LPP. Por isso, além de aumentar o cuidado em pacientes idosos restritos ao leito, é imprescindível que não se esqueçam de dar orientação para a prevenção em domicílio no momento da alta hospitalar, de modo que o paciente não retorne com novas lesões.