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PERCEPÇÕES E DESAFIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE
Última alteração: 06-03-2018
Resumo
Os avanços tecnológicos e as novas possibilidades de tratamentos modificaram o prognóstico de inúmeras doenças permitindo o aumento do tempo médio de vida, a prevenção e erradicação de uma série de males, e a reversibilidade de expectativas na evolução de um grande número de doenças. A partir disso, passou-se a dar mais atenção à doença do que à própria pessoa. Os cuidados Paliativos surgem a fim de evitar o prolongamento sofrido da vida, preconizando atenção individualizada ao doente e à sua família, buscando o exímio controle de dor e sintomas e resgatando e revalorizando as relações interpessoais no processo de morrer, utilizando como elementos essenciais à compaixão, a empatia, a humildade e a honestidade. Objetivo: investigar as reflexões e desafios dos cuidados paliativos na visão das equipes que assistem os pacientes com doenças em estágio avançado e do grupo cuidados paliativos do hospital Municipal Getúlio Vargas. Metodologia: O estudo tratou-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva do tipo estudo de caso situacional. Resultados: Foram realizadas 06 entrevistas com profissionais que assistem o paciente com doença em estágio avançado e 01 com os que compõem o grupo de cuidados paliativos do hospital, além de registros em diários de pesquisa. A análise dos dados deu-se através da técnica de análise de conteúdo, especificamente a análise temática e a partir dela emergiram 3 categorias de discussão, sendo elas: 1) O fazer profissional nos cuidados paliativos: oferecendo conforto para o paciente e a sua família; 2) Desafios na assistência ao paciente: Lidando com a morte e com a família dos pacientes em cuidados paliativos e 3) Qualificação profissional nas equipes que atuam em cuidados paliativos: das capacitações no trabalho as estratégias individuais de aperfeiçoamento. Conclusões: Conclui-se que, apesar de ser um tema frequente no dia a dia de trabalho, os profissionais da saúde não são preparados para trabalhar com a terminalidade e ainda apresentam dificuldades acerca da compreensão dos cuidados paliativos como forma exclusiva de tratamento dos doentes crônicos em fase final da doença.