Última alteração: 12-11-2018
Resumo
INTRODUÇÃO: O protagonismo, a coresponsabilidade e a autonomia do sujeito e coletivos estão entre os princípios da Política Nacional de Humanização, um grupo de orientação para os usuários e acompanhantes proporciona uma prática efetiva para o autocuidado (BRASIL, 2010). O código de ética da enfermagem traz como princípios fundamentais o comprometimento com a produção e gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos, como uma resposta as necessidades da pessoa, família e coletividade (COFEN, 2017). A segurança do paciente é definida como um processo de redução a um risco mínimo aceitável, visto que a eliminação total de danos não é plausível a partir da exposição deste no ambiente hospitalar, conforme definido pela OMS em 2009. A estratégia de grupo com familiares e pacientes internados em uma unidade propõe que através da orientação e motivação para o autocuidado, o paciente se torne protagonista no cuidado a segurança deste. OBJETIVO: relatar a vivência de quatro enfermeiros residentes sobre a organização e participação de um grupo de orientação sobre cuidados/rotinas referentes a internação hospitalar. METODOLOGIA: Os encontros são promovidos semanalmente com pacientes e acompanhantes de pacientes hospitalizados por livre demanda, tendo a duração média de uma hora, o grupo aborda diferentes temáticas de situações vivenciadas no contexto da hospitalização, tendo a participação de diversos profissionais atuantes na assistência ao paciente. RESULTADOS: a realização do grupo de orientação aos familiares possibilita uma maior interação do acompanhante e paciente das rotinas institucionais e, fortalece a criação de vínculos entre profissional e usuário. Percebe-se em quanto vivência uma maior autonomia dos sujeitos envolvidos no grupo, onde esses se tornam protagonistas e auxiliares do seu cuidado. O grupo aborda temáticas que encontram-se no contexto da hospitalização e usa o compartilhamento de informações como instrumento de apropriação do paciente como por exemplo, a importância da checagem verbal com o paciente no momento de administração de medicações e encaminhamento de exames, a lavagem de mãos de profissionais e seus acompanhantes, visando a segurança do paciente frente a diminuição de riscos que está exposto. Além disso , se aborda orientações quanto ao risco de quedas, lesão por pressão, alergias medicamentosas, e o uso continuo de pulseiras que identifiquem o paciente e sinalizem os principais riscos eminente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A implantação de um grupo de orientações possibilitou a construção de um maior vínculo profissional/paciente/acompanhante, ampliou o olhar dando maior autonomia aos sujeitos como de autocuidado e disponibilizou aos pacientes e familiares maior conhecimento do processo e melhor ambientação frente a hospitalização bem como demonstrou a importância da segurança do paciente no ambiente hospitalar. Ao mesmo tempo trouxe um espaço onde conseguiu-se um diálogo crítico e reflexivo do cuidado ampliando o olhar sob a perspectiva da segurança do paciente.
PALAVRAS CHAVE: Segurança do Paciente; Humanização da Assistência e Educação em Saúde.
¹Residentes da Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso-ULBRA.
²Docente de Psicologia do Curso de Psicologia da ULBRA.Tutora do Residentes da Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso-ULBRA.
3Docente de Psicologia do Enfermagem da ULBRA.Tutora do Residentes da Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso-ULBRA.