Tamanho da fonte:
OFICINAS DE ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA E A INCLUSÃO DE UMA ALUNA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO SUPERIOR O PAPEL DO OFICINEIRO MEDIADOR
Última alteração: 05-11-2022
Resumo
Os processos de inclusão no âmbito da educação tem sido palco de muitas conquistas e ao mesmo tempo de muitas dificuldades. Desde a Educação Infantil até o Ensino Superior a legislação tem se mostrado norteadora de pressupostos que ajudam a construir espaços de inclusão e não de integração social. A abordagem inclusiva alerta para o fato de que a instituição que recebe a pessoa com deficiência precisa se preparar para recebê-la com metodologias adaptadas a suas possibilidades de aprender. Neste sentido, o Núcleo de Apoio ao Discente - NADi, atende alunos em inclusão dos quais começou-se a fazer parte como acadêmico voluntário desde o primeiro semestre de 2022. O objetivo geral da oficina centra-se no desafio de investigar o papel do oficineiro mediador da construção do conhecimento matemático de uma aluna com deficiência intelectual. A metodologia definida para as oficinas parte de modelos que utilizam o lúdico e diferentes recursos didáticos que favorecem a relação teoria e a prática de vida diária. As aulas são planejadas de forma que se adaptem a modelos síncronos de Educação a distância. A pauta de observação centra-se na maneira como a aluna demonstra agir e pensar sobre os materiais e sobre as atividades. Com tais pressupostos sendo aplicados ao longo dos últimos meses, foi possível tecer algumas reflexões. Houve a necessidade de se abandonar o trabalho iniciado com adição e subtração, orientando a aluna a organizar, ordenar objetos ou atributos como cor, forma e medida. Tem-se também investido no reconhecimento de formas geométricas básicas, descrição e localização de corpos no espaço e em relação a sua própria posição. Sabe-se que o caminho é muito longo, mas aos poucos se aproxima conhecimentos técnicos da área da matemática com conhecimentos da didática e da Diversidade, Acessibilidade e Inclusão.