Última alteração: 05-11-2022
Resumo
A poliomielite é uma doença infecciosa que acomete o sistema nervoso central. As campanhas de vacinação contra a poliomielite, associadas à vigilância epidemiológica, permitiram que fosse concedida ao Brasil a Certificação da Erradicação da Poliomielite, o que não ocorreu em teor global. Assim, se faz necessária a continuidade das imunizações. Este trabalho objetiva analisar quantitativamente a cobertura vacinal para poliomielite no Brasil através de um estudo epidemiológico para posterior análise de verossimilhança com a literatura. Realizou-se um estudo epidemiológico de uma série temporal de 2000 a 2022 coletando dados da base do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. No setor Imunizações da plataforma, filtrou-se por Cobertura, utilizando as variáveis de Região e Ano e Poliomielite. No ano 2000, a Região Norte teve cobertura vacinal de poliomielite de 105,90%, o Nordeste de 97,15%, o Sudeste de 102,07%, o Sul de 101,27% e o Centro-Oeste de 110,65%. Em 2010, a Região Norte teve cobertura de 99,29%, o Nordeste de 100,00%, o Sudeste de 99,75%, o Sul de 96,77% e o Centro-Oeste de 99,09%. Já no ano de 2021 foi registrada cobertura de 53,07% no Norte, 54,46% no Nordeste, 63,78% no Sudeste, 72,27% no Sul e 65,810% no Centro-Oeste. As médias de cobertura por ano foram de 103,41% em 2000, 98,98% em 2010 e 61,88% em 2021. É possível concluir que , considerando a redução entre os anos 2000 e 2021, a região com maior redução total foi o Norte e, em todos os casos, destaca-se uma redução mais marcante da cobertura vacinal na década de 2010 a 2021. Os dados analisados estão de acordo com a literatura. A redução marcante da cobertura vacinal se mostra um problema extremamente relevante para o Brasil, sendo importante o desenvolvimento de pesquisas relativas aos principais motivos desencadeantes para essa diminuição.
Palavras-chave: Imunização; Poliomielite; Brasil.