Introdução: estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) apontam que a população de idosos irá triplicar até 2050⁽¹⁾. Essa realidade exigirá mudanças nas políticas públicas, inclusive na assistência necessária para atender essa população que se torna um alvo muito frágil de violações. A principal alteração dos idosos é a diminuição progressiva na capacidade funcional, definida como competência para executar atividades que lhes permitem cuidar de si próprios e viver independentemente em seu meio ⁽²⁾. Assim, muitos dos idosos que se encontram em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) apresentam alguma dependência e precisam do auxílio de seus cuidadores para que consigam realizar as suas atividades diárias. Objetivos: avaliar a capacidade funcional do indivíduo idoso institucionalizado. Método: o estudo foi realizado numa ILPI municipal da cidade de Canoas, Rio Grande do Sul, no período de Março de 2017. Todos os residentes com idade igual ou superior a 60 anos completos participaram da coleta de dados, atendendo ao critério de definição de idoso da Organização Mundial da Saúde (OMS) para países em desenvolvimento como o Brasil. Para se avaliar o grau de funcionalidade, utilizou-se a Escala de Katz, a qual avalia desde situações mais complexas, como banhar-se e vestir-se, até as mais simples, como alimentação e continência. Conclusões: a área da saúde do idoso é um vasto campo para a produção de conhecimentos em torno de ações, metas e resultados que possam contribuir para as políticas públicas de saúde vigentes no país⁽³⁾. Ademais, visto que 70% dos idosos apresentou algum grau de dependência, sendo isso um importante marcador de comorbidades em idosos institucionalizados, conclui-se o quão importante é o trabalho multiprofissional em ILPIs a fim de que todos os idosos que dependam de auxílio recebam atenção e assistência em cuidados gerontogeriátricos.