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A nutrição adequada no primeiro ano de vida é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança. Diante disso a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses de idade, com inserção gradativa de alimentos complementares após esse período, quando a criança atinge um nível satisfatório de maturação fisiológica⁴. A introdução precoce de alimentos está associada a episódios frequentes de diarreia, hospitalizações por doença respiratória, risco de desnutrição e menor absorção de nutrientes importantes do leite materno⁵. O objetivo do estudo foi identificar a introdução precoce da alimentação complementar em crianças menores de 6 meses, atendidas em uma Estratégia Saúde da Família, de um município do Vale do Rio dos Sinos, RS. Trata-se de um estudo transversal, realizado com crianças menores de 6 meses atendidas em interconsultas de puericultura com enfermeira e nutricionista, no ano de 2016. Utilizou-se o formulário de marcadores do consumo alimentar para crianças menores de 6 meses do questionário do SISVAN, referentes ao consumo do dia anterior. Os dados foram tabulados no software Excel. Os resultados foram descritos com frequência simples. Participaram do estudo 73 crianças menores de 6 meses, destas 39,7% já recebiam algum alimento antes dos 06 meses de vida. Em relação ao consumo de alimentos/bebidas no dia anterior 80% recebiam leite do peito, 27,4% água/chá; 24,6% fórmula infantil; 9,6% leite de vaca; 1,3% suco de fruta; 6,8% mingau; 6,8% fruta e 2,7% comida. Nossos achados corroboram com outros estudos que identificaram introdução precoce da alimentação complementar com introdução de chás, água, sucos e outros leites, comida de sal e fruta por grande parte das crianças, sendo uma das causas do desmame precoce^6-8. Tais achados reforçam a necessidade de ações efetivas para a promoção da alimentação adequada e saudável na puericultura, focada no incentivo da amamentação e na introdução correta da alimentação complementar.