INTRODUÇÃO: A reabilitação cardiorrespiratória (RCR) da ULBRA surgiu no ano de 2014 com o objetivo de oferecer à comunidade cuidados interdisciplinares, com ações assistenciais planejadas possibilitando ao paciente promoção à saúde e melhora na qualidade vida. O projeto é direcionado à pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC). Os resultados obtidos demonstram a importância da interdisciplinaridade em projetos de RCR. MÉTODOS: No ambulatório de IC do Hospital Universitário da ULBRA foram selecionados 20 participantes (15 mulheres). O acompanhamento do curso de Medicina ocorreu 2 vezes por semana, na clínica escola da ULBRA Canoas onde os acadêmicos avaliaram individualmente os pacientes e realizaram uma triagem a fim de detectar situações que poderiam impedir a realização das atividades ministradas pelos demais cursos. O curso de Psicologia realizou intervenção em grupo, para troca de informações e sentimentos acerca do impacto da IC na vida dos pacientes. Os alunos do curso Fisioterapia realizaram treinamento de musculatura respiratória e periférica. Os acadêmicos de Biomedicina apresentam palestras de cunho educativo, a fim de promover educação em saúde. O curso de Educação Física deu continuidade ao treinamento cardiorrespiratório com atividades aeróbicas. RESULTADOS: Foram realizados 30 atendimentos com tempo de duração de 4 meses (março à junho de 2017). Neste período, 4 (20%) pacientes foram discutidos entre o professor e alunos do curso de Medicina para  ajuste das medicações para o manejo da IC descompensada. Houve necessidade de intervenção individual de 1 (9,1%) paciente pelo curso de psicologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A triagem com seguimento conferiu segurança e otimização do processo de RCR. Uma equipe interdisciplinar que trabalhe de forma coletiva pode potencializar os benefícios da RCR, oferecendo uma assistência diferenciada ao paciente e contribuindo para  melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS:

KANE et al. Palliative Medicine, 2017; 1-8

OLIVEIRA et al. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano, 2017, Fevereiro 5(1): 43-50