Última alteração: 26-09-2017
Resumo
INTRODUÇÃO: Na adolescência, a vivência da sexualidade torna-se mais evidente. Muitas vezes, manifesta-se através de práticas sexuais inseguras, podendo se tornar um problema devido à falta de informação, tabus ou mesmo pelo medo de assumi-la. Sendo assim, gravidez na adolescência deve ser considerada uma questão de saúde pública, a literatura tem mostrado as que causas mais frequentes são o desconhecimento e o desuso dos métodos contraceptivos. A educação em saúde torna-se uma estratégia de prevenção, a partir da discussão de temas de interesse e orientação aos adolescentes. OBJETIVO: Verificar como os alunos adolescentes das escolas públicas do município de Canela avaliaram as oficinas, com acadêmicos o Curso de Medicina, sobre “Sexualidade, gravidez e drogadição” na Semana do Bebê, de 2017. METODOLOGIA: As oficinas foram ministradas por acadêmicos de medicina da ULBRA que receberam treinamento, sob orientação de um psiquiatra, estudando e discutindo um texto com mais de 200 perguntas e respostas feitas por adolescentes de Canela sobre sexualidade, gravidez, anticoncepção e drogadição. Os encontros ocorreram em sala de aula, com diálogo aberto mediante perguntas, colocações escritas ou verbais para os acadêmicos. Ao final foi feita uma avaliação com questionário estruturado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Participaram das oficinas 1356 alunos adolescentes regularmente matriculados no ensino fundamental e médio, 74,92% deles classificou o encontro como “Muito bom”, 23,45% “Bom”, 0,88% “Ruim”; 0,73% não respondeu; 94,98% gostariam de repetir o encontro. Aponta-se a necessidade futura de contemplar uma perspectiva interdisciplinar e sistemática na abordagem do tema, considerando a complexidade dos aspectos que envolvem a prevenção da gravidez na adolescência e a promoção da saúde nessa fase do ciclo vital. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As avaliações mostraram que a maioria dos adolescentes ficou satisfeita com as oficinas e gostaria de repetir. A pouca diferença de idade entre os adolescentes e estudantes de medicina pode ter sido um fator facilitador para a liberdade de comunicação entre eles. Foi possível perceber ao longo desse trabalho um aumento no nível de informações dos adolescentes participantes, favorecendo assim, a prática de comportamentos preventivos.