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As temáticas relacionadas ao refúgio e aos processos migratórios estão cada vez mais presentes na sociedade. Atualmente, a cada 1 minuto, 24 pessoas são deslocadas. Um relatório realizado em 2016 pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) aponta que as solicitações de refúgio no Brasil cresceram 2,868% nos últimos cinco anos( ACNUR, 2016)¹. O processo de recomeçar a vida em um país cuja existência é muitas vezes ignorada, onde pouco se sabe sobre os países de origem dos migrantes e refugiados, onde esses povos não têm domínio da língua, e, em vez disso, há dificuldades em relação à documentação, à falta do apoio da família, à falta de referências culturais conhecidas (que até então os caracterizavam como pertencentes a determinados grupos) pode afetar a saúde mental dessas populações (MARTINS-BORGES, 2013)². Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender quais são as principais demandas no campo dos direitos humanos e da integração social de migrantes e refugiados residentesna região do Vale do Sinos. Seus os objetivos específicos englobam arealização de uma caracterização da população de migrantes e refugiados, adiscussão das principais dificuldades encontradas por migrantes e refugiadosem relação a integração social e as possibilidades de intervenção junto a essepúblico. Participaram deste estudo quatorze refugiados e migrantes queresidem na capital e na região metropolitana do Rio Grande do Sul. Eles foramacessados através do projeto de extensão da Universidade Feevale “O mundoem Novo Hamburgo: migrantes e refugiados, uma questão de direitoshumanos” e através do método snowball. Utilizou-se, na coleta de dados, umquestionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada comperguntas abertas e fechadas. Os dados obtidos foram de cunho quantitativo equalitativo. A partir dos resultados, identificaram-se diversas dificuldades quevêm sendo enfrentadas pelos migrantes e refugiados, principalmente no quediz respeito à integração social dessa população, aspecto que acabacontribuindo com a vulnerabilidade social. Espera-se que este trabalhocontribua não apenas com possibilidades de intervenção para evitar que essessujeitos passem por situações de violações de direitos, mas também que eleamplie o olhar dos profissionais e da população em relação a esses sujeitos.