A qualidade de vida hoje no mundo capitalista, onde o bem maior social é somente entorno da busca pelo bem estar financeiro, deixa de lado a preocupação do bem estar físico, mental e social das pessoas. O surgimento do lazer é um meio para compensar as tensões e o autocontrole emocional que afeta a personalidade das pessoas (ROCHA, 2011). A Psicologia Ambiental (PA) compreende o indivíduo considerando o contexto ambiental, social e temporal, como o próprio sujeito se percebe, dá sentido e interage com o mundo (MOSER, 2016). A apropriação dos ambientes é um processo que se constitui nas etapas de identificação, sentimento de pertencer, personificação, cultivação e sentimentos de defesa (MARTINS, GONÇALVES, 2014). O presente estudo é um recorte do projeto de pesquisa multidisciplinar. Seu objetivo é apresentar os resultados preliminares de um levantamento dos espaços de lazer e seus impactos nas formas de ocupação em áreas de riscos na cidade de Novo Hamburgo/RS, na tentativa de compreender a relação pessoa-ambiente. Método: Análise de áreas classificadas como de alto risco de deslizamento, conforme mapeamento do CPRM de 2015, cruzamento destas com áreas de lazer no local ou próximas, a partir do mapeamento produzido pelo laboratório de geoprocessamento da Universidade Feevale, adaptado da base cadastral (dxf) da Prefeitura de Novo Hamburgo (2006), atualizado de acordo com dados prefeitura (2013), além da análise de alguns relatórios da secretaria de desenvolvimento social, uso de imagens aéreas a partir do google earth e entrevistas estruturada com moradores. Foram identificadas cerca de 100 áreas consideradas de lazer na cidade, porém nas 7 áreas de risco de deslizamento ou próximas delas quase não foi identificado espaços de lazer. Isto se deve provavelmente pela ocupação desordenada e indevida destes ambientes, que são espaços irregulares. A partir dos resultados parciais, percebesse que a inexistência de áreas de lazer próximo destas ambientes. Como os estudos da PA sugerem, espações de lazer se fazem necessário para o desenvolvimento socioambiental, cognitivo-comportamental e cultural, fatores fundamentais para aumentar a qualidade de vida da população.