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AVALIAÇÃO DOS PÉS DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO NA CIDADE DE TEUTÔNIA-RS
Kauana Lindemann Wallauer, Maureen Fernanda Ritter, Laura Rigo

Última alteração: 19-09-2017

Resumo


Introdução: as desordens nos pés e nos calçados interferem diretamente no equilíbrio e no ciclo da marcha, podendo, consequentemente, ser um fator contribuinte para a incapacidade funcional e o aumento da prevalência de quedas no idoso. Visto que a integridade dos membros inferiores possibilita melhor qualidade de vida e, sabendo que os distúrbios relacionados aos pés são evitáveis por meio de medidas preventivas, investigamos alguns aspectos no idoso institucionalizado, pois sabidamente estes idosos apresentam um grau de dependência e fragilidade maior que o idoso de comunidade, portanto sujeito a maiores riscos de saúde. Objetivo: verificar os principais distúrbios relacionados aos pés e a utilização do calçado apropriado para os idosos institucionalizados. Método: Desenvolveu-se um estudo transversal realizado em fevereiro de 2017 em duas ILPIs na cidade de Teutônia-RS. A amostra analisada constituiu-se de 57 idosos com idade entre 65 à 95 anos de ambos os sexos. Foi avaliado e observado os pés de modo geral, utilizando a cartilha do idoso lançada pelo Ministério da Saúde (Caderno 19) como referência e, através de uma tabela contendo 11 das principais alterações do pé do idoso. Resultado: da amostra dos 57 idosos, 39 são mulheres (68,4%) e 18 são homens (31,5%), com idade média de aproximadamente 85 anos. Da avaliação constatou-se que 34 idosos (59,6%) possuem unha encravada e 45 idosos (78,9%) tem unhas espessas e encurvadas, com 38 idosos (66,6%) apresentam Hálux valgo e 16 idosos (28%) com sobreposição de dedos. Em 33 idosos (57,8%) possuem calosidades e 24 idosos (42%) possuem rachaduras nos pés, sendo que 8 (14%) possuem úlceras/feridas nos pés. Em 29 idosos (50,8%) apresentam micose entre os dedos. A temperatura de 16 idosos (28%) apresenta-se com diferença entre os dois pés. Não utilizavam calçados adequados nos pés foram 16 idosos (28%). Quanto à presença de parestesia 21 idosos (36,8%) apresentavam esta alteração. Conclusão: As desordens nos pés dos idosos institucionalizados são frequentes e exigem grande atenção quanto ao diagnóstico correto e ao tratamento adequado. A inspeção e manutenção dos pés deve ser frequente, cuidadosa e realizada pela equipe responsável e familiares, afim de evitar um declínio funcional e emocional do idoso institucionalizado.

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