Eventos ULBRA, IX Salão de Extensão (Canoas)

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AVALIAÇÃO DAS OFICINAS “SEXUALIDADE, GRAVIDEZ E DROGADIÇÃO” POR ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA DA ULBRA EM DOIS ANOS CONSECUTIVOS
Marina Longhi Kunzler, Ana Carolina Farias Rodrigues, Ana Paula da Costa Diogo, Franciele Leimann, Gabriel Beilfuss Rieth, Letícia Maria de Lima Pessoa, Carmen Nudelmann

Última alteração: 24-10-2017

Resumo


Estas oficinas tomam parte do projeto de extensão: “Educação e promoção da saúde para a rede de escolas da ULBRA”. Sabe-se que a incidência significativa de gravidez na adolescência, bem como o uso de drogas, pode ser considerada uma questão de saúde pública1. O objetivo do trabalho é relatar como os alunos adolescentes avaliaram as oficinas ministradas pelos estudantes de Medicina.
Trata-se de um estudo descritivo sendo utilizado um questionário padronizado para coleta de dados. As oficinas foram ministradas em 2016 e 2017 por acadêmicos do curso de Medicina da ULBRA, previamente capacitados através de um treinamento. Os encontros com os adolescentes ocorreram nas salas de aula, com as turmas do 8º e 9º ano da escola Paz, sem a presença do professor. Os temas gravidez, sexualidade e drogadição foram desenvolvidos pelos acadêmicos. Logo após foi estimulado o diálogo aberto mediante questionamentos e colocações verbais ou escritas para os estudantes de medicina. Ao final, os adolescentes registraram sua opinião respondendo um questionário estruturado.
No total, 46 adolescentes participaram das oficinas em 2016. Na avaliação, 52,1% dos adolescentes classificou o encontro como “Muito bom”, 43,4% como “Bom” e 4,3% marcou “Sem opinião”. Quando questionados se gostariam de repetir o encontro, 93,47% responderam que sim. No ano de 2017, 37 alunos participaram das oficinas, sendo que 54,05% avaliaram como “muito bom”, 35,1% como “bom”, 10,8% respondeu “sem opinião” e 91,8% gostariam de repetir a oficina.
Através das avaliações verificou-se que a maior parte dos adolescentes ficou satisfeita com as oficinas nos dois anos consecutivos. Esta aceitação parece refletir a necessidade que o adolescente tem de saciar suas dúvidas sobre um assunto tratado como tabu na sociedade2.  O adolescente que participa da oficina é estimulado a elaborar um conceito positivo em relação a sua sexualidade, a expressar suas dúvidas e defender suas opiniões. O diálogo com os acadêmicos lhes permite a busca de conhecimento e, estaria contemplando, como fator preventivo, uma parte do complexo multifatorial que interfere na gestação adolescente3. A experiência tem mostrado que a pouca diferença de idade entre os adolescentes e acadêmicos de medicina é um facilitador no melhor entendimento e liberdade de comunicação entre eles.


Texto completo: RESUMO