Esta comunicação versa sobre o estudo realizado dos vitrais da Igreja Evangélica de Campo Bom - Rio Grande do Sul. Em 1824 os imigrantes alemães fundaram a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Campo Bom. O primeiro edifício data de 1828, era de madeira e também servia de escola para os filhos desses imigrantes. No entanto, em função de novas necessidades da comunidade, em 9 de fevereiro de 1851 foi inaugurado o novo templo, em alvenaria. Essa edificação do século XIX está em fase de restauração, e a presente pesquisa servirá de base para as possíveis tomadas de decisão neste processo no que tange os vitrais. Estes foram acrescidos à edificação em 1949, em uma reforma que trouxe significativas mudanças para o espaço. Esta pesquisa está sendo realizada por uma ação conjunta entre professores, alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Instituição FEEVALE e comunidade local. A metodologia de trabalho consiste no levantamento in loco realizado pelos estudantes de Arquitetura e Urbanismo da citada instituição, posterior produção de plantas técnicas e apresentação de possíveis soluções. A participação da comunidade no processo articula vivência e história ao trabalho da academia. Historicamente, os primeiros vitrais podem ser observados no período Carolíngio. Sua utilização em espaços religiosos ao longo da história tem ênfase na Idade Média. Com função catequética em espaços de celebração católicos, ganha status passível de honraria como pode ser visualizado na Igreja de Notre Dame de Paris, em especial no vitral da Natividade. Na Igreja Evangélica de Campo Bom estão sendo estudadas suas funções, relações de identidade com a comunidade acrescido ao respectivo levantamento técnico. As técnicas utilizadas nos vitrais serão analisadas com o objetivo de permanecer coerente às mesmas utilizadas pelos primeiros construtores. Com isso, o presente estudo contribui para a consolidação da preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade de Campo Bom.