Última alteração: 12-11-2020
Resumo
Introdução Salientamos que a violência estrutural incide nas condições de vida das pessoas a partir de processos históricas, econômicas e socioculturais e que, pelo caráter de perenidade, acaba sendo naturalizado (MINAYO E SOUZA, 1998). Nos chama a atenção o fato de que as violências não conseguem ser quantificadas de modo confiável, pois muitas passam despercebidas pelos trabalhadores da atenção básica de saúde e consequentemente não são notificadas. Metodologia Trata-se de um relato de experiência sobre a rotina das equipes vinculadas às Unidades Básicas de Saúde no enfrentamento às situações de violência contra a população infanto-juvenil e feminina nas áreas delimitadas. Resultados e Discussão Ressaltamos que no Brasil, os/as profissionais que trabalham nas políticas de saúde devem preencher a notificação compulsória de violências contra crianças e adolescentes e às mulheres, entre outros grupos sociais. Consta na publicação do Ministério da Saúde “a notificação não é um favor, nem um ato de caridade que o profissional poderá ou não prestar, a seu bel prazer” na prática consiste no “cuidado institucional e profissional” sendo um direito da população usuária do SUS (BRASIL, 2002, p. 15). Diante disso, destaca-se a intervenção profissional, visando à humanização, à integralidade do cuidado de saúde de indivíduos, famílias e comunidades na atenção básica de saúde tida como a porta de entrada no SUS. Considerações Por meio da observação participante afirmamos da necessidade de incremento de investimentos financeiros, de recursos humanos e materiais às medidas de prevenção, proteção e recuperação de saúde no que se refere às violências e as corresponsabilidades dos trabalhadores da saúde no seu combate e minimização, também essas equipes de saúde devem receber o devido apoio da gestão através de educação permanente e a importância de uma rede intersetorial articulada com a oferta de serviços e projetos oferecendo apoio constante às crianças, adolescentes e às mulheres, em especial, pós-pandemia.