Introdução

Trata-se de um relato de experiência acerca da educação em saúde promovida no Setembro amarelo com ênfase a valorização da vida e a prevenção do suicídio em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do quadrante Noroeste de Canoas/RS. Ressalta-se que o suicídio é um grave problema de saúde pública no Rio Grande do Sul. Considerando a demanda de saúde mental que a Unidade de Saúde atende diariamente, agravada pelo confinamento devido a pandemia do novo coronavírus. Diante disso, consideramos os espaços de prevenção e cuidado como fator de proteção e cuidado longitudinal dos /as pacientes.

Objetivos

• Realizar  rodas de conversa com a participação da população sobre a prevenção do suicídio.
• Orientar os pacientes sobre os serviços da rede intersetorial para cuidado em saúde mental.
• Informar a população sobre os sintomas psíquicos que denotem o risco de ideação suicida.

Metodologia

Foi realizado rodas de conversa durante o mês de Setembro de 2020 sobre a prevenção do suicídio, focando na valorização da vida e cuidados em saúde mental para evitar agravos de saúde. Os profissionais envolvidos foram duas Técnicas de Enfermagem, uma Assistente Social/Residente e o Enfermeiro gestor da Unidade de Saúde. Diariamente, um dia pela manhã e outro à tarde as rodas de conversas foram realizadas por esses/as profissionais enquanto os/as pacientes aguardavam para atendimento/consulta.

Resultados

Como resultados obtidos, ressaltamos o número 102 pessoas contempladas com essas atividades, bem como a implicação da equipe de trabalho com o Projeto. Durante as semanas observamos o quanto o público valorizou o Projeto, por diversas vezes pacientes se emocionaram, e por fim saudavam o momento com uma salva de palmas, agradecendo à equipe por ressaltarem o valor da vida.

Conclusões

Considera-se a ação de promoção e prevenção exitosa. De forma que os/as profissionais de saúde e a rede intersetorial devem contribuir para a valorização da vida, oferecendo suporte para que pacientes possam realizar o enfrentamento das situações advindas da saúde mental. Diante disso, devem ser proporcionadas capacitações às equipes de saúde extensivo à rede intersetorial. Inclusive com enfoque para a notificação da violência autoprovocada, melhoria da qualidade dos registros, identificação de grupos vulneráveis, acolhimento das pessoas e grupos de risco. Da mesma maneira que reconhecimento de municípios e estado das ações interprofissionais e intersetoriais de saúde mental, visando a prevenção do suicídio.

Referências bibliográficas

Rio Grande do Sul. Boletim de vigilância epidemiológica de suicídio e tentativa de suicídio. Porto Alegre: v.1, n.1, CEVS, set, 2018. Disponível em: <file:///C:/Users/Casa/Desktop/05162957-boletim-de-vigilancia-epidemiologica-de-suicidio-n1-2018.pdf> Acesso em: 12 set. 2020.