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A medida de isolamento social, devido a pandemia do novo Coronavírus, fez com que muitas universidades no mundo suspendessem as atividades presenciais e iniciaram uma etapa de migração para a realização das atividades no formato online. O curso de Odontologia e o Programa de Pós-Graduação em Odontologia da ULBRA Canoas iniciaram essa migração no final de março, assim como o estágio docente dos pós-graduandos. Assim, o objetivo do estudo foi relatar a experiência de um mestrando em Odontologia no estágio docente na modalidade remota na era COVID-19. O estágio do mestrando ocorreu nas disciplinas do Programa de Extensão Interdisciplinar (PEI) da Odontologia. Ele já detinha conhecimentos de Telessaúde e Teleducação que puderam ser adaptados à atuação na modalidade remota. Para que as aulas ocorressem, o professor orientador do pós-graduando, que é regente da área de saúde comunitária, realizou treinamentos com o mestrando e os demais professores para uma capacitação do uso da plataforma remota e, assim, convidando o mestrando a ministrar aulas na plataforma online. Nessa migração houveram grandes desafios como a reorganização e adaptação dos conteúdos programáticos, a dificuldade de engajamento dos alunos que estavam sendo mais hiperestimulados digitalmente e, de alguns alunos, que tiveram uma experiência de internet limitada que gerou uma dificuldade no acesso. Porém, o mestrando pode ampliar suas competências de professor na prática remota que está cada vez mais em voga e que se torna importante na preparação do seu futuro profissional diante dos novos desafios da prática docente moderna. Mesmo que a migração tenha ocorrido de forma acelerada, os acadêmicos relataram se adequar bem a nova modalidade, porém com reclamações como a ausência de motivação para o acompanhamento das aulas, baixo rendimento, como resultado da impotência e incertezas diante da pandemia. Assim, a migração gerou muitos desafios, porém foi uma estratégia sagaz e necessária para resolução dos desafios que a era COVID-19 nos trouxe, além de que a prática poderá aperfeiçoar as habilidades necessárias. A migração gerou competências ao mestrando que são essenciais para seu futuro profissional como docente e que, diante de seus desafios fizeram com que ele pudesse criar novas estratégias para contorná-los e assim adquirir novas habilidades.