Eventos ULBRA, XII SALÃO DE EXTENSÃO

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“SUICÍDIO ENTRE A POPULAÇÃO LGBT+”: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Luiza Gabriela Costa, Lívia Fogaça Capuano, Lucimara dos Santos, Giseli Costella, Andressa de Souza Litter, Ariani Pires Peixoto, Tatiana Casaburi Smiderle, Míria Elisabete Bairros de Camargo, Maria Renita Burg, Mariana Brandalise

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


PALAVRAS-CHAVE: suicídio; LGBT+;

INTRODUÇÃO: Durante o período ditatorial muitos movimentos sociais surgiram no Brasil, frutos de grupos minoritários saídos das sombras na luta pelo direito à existência. O movimento LGBTQI+ consolidou-se no país, através da criação do Grupo de Afirmação Homossexual (Grupo SOMOS) em 1978. Até o ano de 1990, a homossexualidade era tratada como distúrbio psicológico, classificada como homossexualismo no CID. Desde então, a discussão pelos direitos LGBTQI+ vêm ganhando espaço na sociedade. Isso evidencia a urgência em discutir ações de promoção em saúde LGBTQI+ sob uma perspectiva ampla de atuação, rompendo a demagogia homofóbica em detrimento da garantia desses direitos legislados, potencializando a aplicabilidade das premissas igualitárias na relação direta com o sujeito. A discriminação devido à orientação sexual e identidade de gênero recai como um dos determinantes sociais da saúde, ao provocar processos de sofrimento, adoecimento, ideação suicida e morte¹. Os casos de suicídio têm crescido entre essa população. Algo que decorre da intolerância e do estigma social, com cerne da finitude da vida e do padecimento, isso mostra o obstáculo que é permanecer vivo em um meio que põe à prova, repetidamente, a orientação sexual e a identidade de gênero².OBJETIVOS: Discutir a importância de abordar a saúde da população LGBT+ e relatar a experiência das ligantes no evento Suicídio entre a População LGBT+ promovida pela LASC em 2019. METODOLOGIA: Um relato de experiência com embasamento teórico científico de uma palestra sobre saúde mental da população LGBT+ e estratégias de prevenção ao suicídio com a participação de uma psicóloga convidada para discentes e docentes da ULBRA/Canoas denominada ‘Suicídio entre a população LGBT+” realizada no segundo semestre do ano de 2019 liga de Saúde Coletiva/ULBRA. DISCUSSÃO E RESULTADOS: Foram abordados aspectos de saúde, preconceito e suicídio dos LGBT+. A população LGBT+ conquistou muitos direitos nas últimas décadas, entretanto, ela enfrenta fortemente o preconceito, visto que há um movimento ainda intenso heterossexista, constituído por um grupo  que situa os homossexuais como uma minoria de pessoas com escolhas sexuais inadequadas, essa idéia é permeada por um viés de preconceito o qual foi formado por estereótipos construídos na própria cultura e que servem para justificar e manter a desigualdade. Há então implicitamente um elemento o qual assegura que a população homossexual permaneça às margens da sociedade, tudo promovido pelo preconceito. Desde o seu nascimento, a maioria  dos  LGBT se escondem/excluem para não perder o afeto e o amor de seus entes queridos. O resultado dessa situação são anos de um sentimento de não aceitação, de rejeição, estigma e violência, fatores que contribuem para o desenvolvimento de boa parte do grupo LGBT à transtornos mentais, ou comprometimento físico, indicadores que agravam a possibilidade de esses cometerem suicídio. Por isso a importância das áreas da saúde se preocuparem com essa população e promover a saúde física e emocional destes. CONCLUSÕES:O maior entendimento dos fatores e condições associadas as altas taxas de suicídio e depressão na população LGBT+ é de suma importância para fins estudantis e médicos. Nesse sentido, é necessário este conhecimento para a promoção do cuidado, e principalmente para o desenvolvimento da atenção de ações profiláticas pelos estudantes e profissionais da saúde com o intuito de garantir a universalidade, um dos princípios fundamentais do SUS.

REFERÊNCIAS:

¹PRADO, EAJ; SOUSA, MF Políticas públicas e a saúde da população LGBT: uma revisão integrativa. Revista eletrônica Tempus, actas de saúde coletiva, Brasília, março de 2017.Disponível em: https://www.tempus.unb.br/index.php/tempus/article/view/1895. Acesso em: 20/09/2020

²BARRADAS, LC; CAMPOS, ACR; OLIVEIRA, VBP. Suicídio de jovens LGBT: quando o arco-íris se apaga. 16 Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais. Brasília (DF, Brasil), 30 de outubro a 3 de novembro de 2019. Disponível em: https://broseguini.bonino.com.br/ojs/index.php/CBAS/article/view/451. Acesso em: 20/09/2020

CARDOSO, Michelle Rodrigues; FERRO, Luís Felipe. Saúde e população LGBT: demandas e especificidades em questão. Psicol. cienc. prof.,  Brasília ,  v. 32, n. 3, p.552-563, 2012. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932012000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 21 de setembro de 2020.

BRANQUINHO, Bruno. Suicídio da população LGBT: precisamos falar e escutar. Cartacapital, 2019. Disponível em: <www.cartacapital.com.br/blogs/suicidio-da-populacao-lgbt-precisamos-falar-e-escutar/>. Acesso em: 21 de setembro de 2020.


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